Prisão invisível
Olá, muito bom dia
Espero-vos bem. Mais uma sexta-feira e março quase a findar. Menos mal. Prenúncio de primavera no ar, apesar dos pesares. O bom tempo sempre alivia a alma.
Esta semana o Milénio coloca em cima da mesa um tema que nos faz pensar na nossa liberdade, se ela realmente existe ou se é uma ilusão. A verdade é que, entre muitas outras coisas, enquanto pessoas inseridas numa sociedade que está ligada numa teia que pode prender a nossa liberdade e influenciar as nossas escolhas, estamos, por exemplo, cada vez mais dependentes das redes sociais.
Pois… dá realmente que pensar. Estamos definitivamente adictos a esta nova “maladie” do século XXI.
As minhas notificações estão em silêncio, sempre e sempre. Não quero dizer com isso que não esteja também apessoada ao meu telemóvel. Porque estou. Constantes emails, muitos e quase todos relacionados com trabalho. Mensagens. Isto e mais aquilo. Ficamos num desespero de tempo, esse bem cada vez mais valioso, pelo menos para mim. Na verdade, eu acho que se a pessoa perdeu aqueles momentos para comunicar comigo o mais correto será contestar. É verdade que há quem nem sempre o faça. Há pessoas que ainda conseguem desligar e, por descuido ou má educação, a resposta passa-lhes ao lado. É o que é e há-de valer sempre o que vale.
É certo que estes “devices” foram uma mais-valia em tempos de pandemia. “Entretiveram-nos” a alma. Mantendo-nos ocupados para não ficarmos só no óbvio. Agora cá estamos a braços com mais uma calamidade. E mais uma vez agarrados aos telemóveis para tentarmos caminhar, a par e passo, com o horror da nossa atualidade. Mais não digo.
O mau disto tudo é que nem nos apercebemos que efetivamente somos todos, sem exceção, manietados como se fossemos marionetas, a partir do momento em que colocamos o nosso ID nos telemóveis, tablet’s ou computadores. E nem nos apercebemos que passamos a ser controlados por várias entidades. Nem todas a quererem o nosso bem. E mesmo com a tão falada defesa de proteção de dados, a verdade é que estes mesmos continuam a ser divulgados.
Assim estamos nesta prisão invisível.
Cuidem-se. Sigam felizes e muito especialmente atentos.
Até mais logo, às 6 da tarde, para mais uma edição do Roundtable.
Até já,
Cristina Da Costa/MS
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