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“A ACAPO parece estar a querer voltar com mais força agora do que era antigamente e ser mais compreensiva” – Manuel Alexandre

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Manuel Alexandre foi durante alguns anos uma voz crítica da ACAPO. Quisemos saber que opinião tem hoje sobre esta organização e começámos por tentar perceber por que razão, em determinada altura, Manuel Alexandre resolveu afastar-se, bem como o clube Vasco da Gama de Brampton, da Aliança de Clubes e Associações Portuguesas do Ontário – “havia algumas políticas na ACAPO que realmente eu não gostei.

Manuel AlexandreE por causa disso, quando eu fui o presidente do Vasco da Gama, realmente não gostei de determinadas coisas que estavam a acontecer e então não fizemos mais parte. Depois, mais tarde, várias pessoas, mesmo do Vasco da Gama, começaram também a fazer parte novamente da ACAPO. Mas de qualquer forma, o que é importante agora é que estou a gostar da maneira como todos os grupos ali presentes discutem e falam. Sobre as diferenças que há entre uns e os outros.

É o que deve acontecer. Fico satisfeito de ver que realmente a ACAPO parece estar a querer voltar com mais força agora do que era antigamente e ser mais compreensiva. Seja a presidente da Assembleia, Kátia Caramujo, seja o Laurentino Esteves, seja o Joe Eustáquio, todos eles estão mais acessíveis. Todos eles veem os pontos e as diferenças e tentam discutir e dar a compreender algumas coisas. E vou dar o exemplo das festas que agora são também divulgadas na página da ACAPO – as festas que cada clube está a ter, para que se por acaso nós pudermos ir lá apoiar as festas dos outros, caso o nosso clube não tiver festa, que possamos ir e apoiar aqueles que têm a festa neste fim de semana. E é isto que gosto de ver – uma energia que realmente antigamente não existia e eu acho que agora está havendo mais união. Mais do que nunca.

Em relação ao facto de a Parada de Portugal ser organizada como foi este ano, para além de já se ter visto um grande número de clubes que entraram novamente e isso foi muito importante, porque temos de considerar este facto como se a pouco a pouco a Parada estivesse a renascer, depois da pandemia. É quase um voltar a história. Depois esta ligação à BIA do Little Portugal na minha opinião mostra que a nossa comunidade está cada vez a ser mais amiga uma da outra. As rivalidades estão a desaparecer. Ou seja, por exemplo, a AnaBela Taborda quando organizou o Festival de Rua da BIA, e quando eles anunciaram a ligação à organização da Semana de Portugal, da ACAPO eu fiquei entusiasmado. Fiquei contentíssimo. Você finalmente está a ver organizações a fazerem uma escolha em conjunto, umas com as outras. Em vez de se estar a ver rivalidade, em vez de haver oposições, nós vamos trabalhar juntos.

A organização da ACAPO ao fazer parte da organização do Festival da BIA, está a fazer parte do BIA. Ambos os lados estão a ganhar e eu gostei imenso. Este ano confesso que eu gostei imenso e aliás, eu falei com a AnaBela Taborda e também lhe dei os meus parabéns, por terem chegado a este acordo extraordinário. Ok, antigamente se calhar isso nunca aconteceria. De maneira que o porquê, porque é que aconteceu, não interessa muito saber o porquê, interessa que se está a sentir isso. Eu acho que a nossa comunidade está a ser mais compreensiva e estou muito satisfeito com isso. É que se nós não nos unimos, a nossa comunidade vai desaparecer. E então é bom que nós nos reunamos, que a gente saiba reunir condições. E é o que está a acontecer. E isso está a contribuir para que as nossas comunidades, os nossos clubes, as associações não percam o seu lugar.

Os Ranchos Folclóricos, as Bandas Filarmónicas. Tudo isso faz parte da nossa cultura. E eu gostei imenso de ver a Parada e também de fazer parte com a participação dos ex-combatentes. Gostei imenso. Olhe que foram milhares e milhares de pessoas a verem que a comunidade portuguesa está a trabalhar para qualquer coisa”.

Por fim, Manuel Alexandre responde à nossa última pergunta: acha que a ACAPO tem futuro? “Eu tenho sempre ouvido e penso que tem futuro. E da maneira como o senhor presidente está agora, como está aquele pessoal principal da ACAPO, parece que ficou toda a gente mais compreensível. Percebo que há uma mudança nas atitudes das pessoas e vejo as pessoas a falar com mais calma. Nós às vezes, quando vemos os problemas com uma determinada calma, há soluções e enfrenta-se qualquer problema. Quando nós pensamos as soluções, há realmente solução para tudo. Eu acho que agora estamos naquela época em que a nossa comunidade está a querer dar soluções para tudo e juntarmos mais uns aos outros em todos os aspetos”.

Madalena Balça/MS

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