Vítor M. Silva

Presidente António Costa

 

 

O Conselho Europeu é, no presente, presidido pelo belga Charles Michel, que entrou em funções em dezembro de 2019 e foi reeleito para um segundo mandato em março de 2022. Atualmente, com o fim da presidência deste, o “nosso” António Costa é um dos nomes apontados para o lugar de Charles Michel.

António Costa com as virtudes governativas e políticas que todos lhe reconhecem (bom…quase todos) fará a diferença, com toda a certeza, na negociação de políticas que tanta falta fazem na União Europeia, assim como na nomeação de altos cargos, como o alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, nomear oficialmente o colégio de Comissários, nomear a Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), incluindo o presidente desta instituição.

Quero aqui rejubilar com o apoio do PSD e, mais concretamente, do primeiro-ministro Luís Montenegro a esta nomeação de António Costa, dizendo mesmo que se António Costa for candidato a esse lugar, a AD e o Governo de Portugal não só apoiarão, como farão tudo para que essa candidatura possa ter sucesso. Este cargo será uma mais-valia não só para a União Europeia, mas evidentemente também para Portugal. Mas ainda não podemos “cantar vitória“, atentemos às declarações de Viktor Orban, que depois do encontro desta semana para definir cargos europeus, que acabou sem resultados, disse que o resultado das eleições europeias foi claro e que a direita ganhou claramente o direito a não eleger um socialista, ou social-democrata, como queiram chamar, para esta posição. Estas afirmações valem o que valem, mas a verdade é que a direita tem maioria e uma eleição de Costa, embora possível, precisa de alguma “engenharia politica”.

O nosso ex-primeiro ministro é respeitado em todos os quadrantes políticos na Europa, não só na família do S&D. Existe legitimidade política e a honestidade deste está acima de qualquer suspeita. Quanto aos apoios políticos para a eleição terão de surgir entre uma negociação de três grupos do Parlamento Europeu: PPE, Socialistas e Democratas, e os liberais do Grupo Renew Europe. Parece-me que como o PPE precisa do apoio do S&D para reeleger Ursula von der Leyen, faz sentido aceitar que seja o segundo grupo, os Socialistas e Democratas, a indicar o candidato ao Conselho Europeu. Reside neste último parágrafo a grande esperança para esta eleição.

António Costa é europeísta convicto, partidário da via federalista, e numa boa relação entre o Conselho Europeu, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu está o sucesso do que todos queremos, uma união europeia cada vez mais forte, numa altura de grandes desafios para esta como a Guerra na Ucrânia, a conjuntura económica mundial, tão frágil, e a sempre disputada “Guerra” comercial com a China.
Temos um cenário ideal para António Costa com a sua tenacidade e capacidade de trabalho enfrentar estes cenários tão desafiantes.

“Estive anos suficientes no Conselho Europeu para saber quão difíceis são os trabalhos”. – António Costa

Vítor M. Silva/MS

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