Vítor M. Silva

Por uma Europa da dignidade humana

 

 

Falta cerca de um mês para as eleições para o Parlamento Europeu. Portugal é representado no Parlamento Europeu por 21 eurodeputados. Estas eleições são a primeira grande sondagem do combate ao racismo e à xenofobia. Espero eu, e devemos esperar todos, que estas eleições sejam o garante de uma Europa total e naturalmente solidária, sem populismos e, sobretudo, sem uma desumanização da política e dos políticos. Tudo isto se consegue com mais humanismo e o grande compromisso dos deputados eleitos deve ser mesmo humanizar os procedimentos de governabilidade europeia.

Parece-me imperativo que se entenda o que é o humanismo e permitam-me divagar sobre o seu contexto histórico. A Idade Média tinha uma hierarquia de classes sociais muito rígida, surgindo assim a burguesia.
A palavra burguesia vem de burgos que significa cidade, e esta classe não pertencia nem à nobreza, nem aos que estavam debaixo da autoridade destes, os chamados servos. Com o desenvolvimento do comércio e da indústria, estes burgueses tiveram mérito acrescido na construção e no desenvolvimento de várias cidades.

Aqui surge o Humanismo que tem na democracia e na ética valores principais, pondo no ser humano o direito e a responsabilidade do sentido da vida que quiser e decidir ter, dando mais importância à dignidade humana. Dignidade esta que deve ser igual para todos os seres humanos. “O humanismo é uma postura de vida democrática e ética, que afirma que os seres humanos têm o direito e a responsabilidade de dar sentido e forma às suas próprias vidas.

Representa a construção de uma sociedade mais humana através de uma ética baseada em valores humanos e outros valores naturais, no espírito da razão e na investigação livre através das capacidades humanas.
Não é teísta e não aceita visões sobrenaturais da realidade. “Pelo que já li dos diferentes programas dos partidos que concorrem ao parlamento Europeu, o S&D (Grupo da Aliança Progressista dos socialistas e democratas no Parlamento) é com quem mais concordo. Este tem uma agenda social com preocupações claras com o desemprego, atendendo a uma política migratória e olhando aos rostos humanos, garantindo uma globalização e nunca perdendo um cariz ambientalista.

Infelizmente, aproxima-se o dia das eleições e parece que ninguém se quer importar muito com isso. Basta estarmos atentos aos principais meios de comunicação, televisões, rádios e jornais em Portugal e estas importantes eleições “passam ao lado”. A contrastar com o elevado índice de votantes nas legislativas, parece claro que agora se dará exatamente o oposto, resultando um efeito muito negativo para a credibilidade de Portugal e dos portugueses aos olhos do resto da União Europeia.

Os partidos políticos em Portugal parecem estar sem ideias, e só mesmo Pedro Nuno Santos e o PS, já com duas votações em plenário ganhas, estando na oposição, parecem claramente ter uma agenda para o país. Em jeito de conclusão direi que nenhum cidadão de nacionalidade portuguesa quando estiver a votar se esquecerá, com toda a certeza, que António Costa poderá ser o próximo português que pode ver o seu nome indigitado num elevado e importante cargo Europeu.

“A resposta humanista é a única compatível com aquilo que são os desafios das migrações” – Marta Temido

Vítor M. Silva/MS

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