Augusto BandeiraTemas de Capa

Afinal, por onde anda a cultura, que mais parece “agricultura”?

 

 

A cultura portuguesa, sofre da falta de união, de trabalho em equipa, para ter uma promoção forte e com qualidade. Portugal, tem uma rica tapeçaria de tradições regionais, mas muito mal aproveitada por estas terras. As tradições culturais que, na minha opinião, deveriam ser um alicerce de identidade e orgulho, nos últimos anos estão a ser deixadas de lado, quando digo de lado, quero dizer esquecidas, muitas vezes por interesses pessoais ou favores comerciais, e assim sendo na maior parte das vezes os eventos e iniciativas priorizam mais a estética fotogénica do que o conteúdo significativo.

Eu como aprendi a respeitar e saber ouvir, peço desculpa com esta minha opinião, mas a tendência de se aparecer nas fotos é visível em festivais e celebrações, onde a beleza da cultural regional é sacrificada em prol de cenários visualmente atrativos. Estou à vontade para dizer isto porque o que vi, e muitos como eu viram também, nas celebrações da semana de Portugal foi triste. Ao ver pessoas a ignorarem outras e nada percebiam do que se representava, mas tratavam de aprimorar a sua imagem para a foto, outros que desfilavam como empresários de artistas, que pareciam estar a semear para colher, como os agricultores, salvo seja. Artistas vindos de Portugal atuavam em prol dos seus carros alegóricos, ao que se chegou na comunidade, falta de controlo total e de cultura nada ou pouco se representava. Desculpem, mas tenho coragem de publicamente apresentar a minha opinião, quando muitos na altura pensaram exatamente a mesma coisa, mas não têm coragem de o dizer, preferem agradar, e esperar para serem entronizados. Isso nada ajuda para a cultura regional portuguesa, nem para se melhorar e que se tem vindo a perder. Mudanças são urgentes.

Isto acontece porque se nota uma falta de interesse genuíno, também se reflete no desinvestimento em educação cultural. Já o disse no passado que as gerações mais jovens, muitas vezes, não são adequadamente introduzidas às origens e heranças culturais, e depois tudo resulta numa de desinteresse para se fazer crescer os jovens no meio das tradições, porque falta uma base sólida de conhecimento. Por isso, torna-se difícil cultivar um verdadeiro interesse que ultrapasse o prazer das aparências. Este tipo de coisas e a daegradação da promoção das culturas regionais é tudo agravado pela falta de união, em vez de um esforço conjunto e colaboração. Há uma dispersão de iniciativas isoladas, muitas vezes está-se a competir uns com os outros, no final só enfraquece o potencial que se podia mostrar com muita mais qualidade.

Mais grave, e isto acontece muito, e mesmo fora das iniciativas culturais, mesmo em equipas de trabalho, é julgar-se superior aos outros e rebaixar colegas de equipa. Isso é muito prejudicial, este tipo de atitudes não só prejudicam a moral do grupo, mas também criam um ambiente de trabalho tóxico, onde a colaboração e a confiança entre colegas passam a ser comprometidas. Quando alguém se coloca acima dos outros, desmotiva o trabalho em equipa e a troca de ideias, que muitas vezes são muito mais valiosas e essenciais para o sucesso coletivo. Além disso, rebaixar colegas pode levar à desmotivação e ao desgaste emocional, afetando a produtividade e a qualidade do trabalho.

Meus caros leitores, é fundamental promover a humildade e o respeito mútuo para construir equipas fortes e eficientes. Esta minha opinião não é direcionada para ninguém, mas tenho a certeza de que muitos podem enfiar a carapuça. Deixo um desafio a todos, no futuro “bora” trabalhar com união e mais transparência, porque todos fazem falta.
Bom fim de semana.

Augusto Bandeira/MS

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