O chefe do grupo mercenário Wagner está mesmo na Bielorrússia, revelou Lukashenko, citado pela Reuters. Yevgeny Prigozhin chegou ao país aliado de Moscovo esta terça-feira, depois da rebelião do fim de semana, considerada o maior golpe à autoridade do presidente russo, Vladimir Putin.
O líder do grupo, de 62 anos, que se transformou no mercenário mais poderoso do país, foi visto pela última vez em público no sábado, quando deixou a cidade de Rostov, no sul da Rússia.
A notícia sobre o seu paradeiro foi confirmada por Lukashenko numa cerimónia militar. “Garantias de segurança foram dadas, como prometido por Vladimir Putin. (…) Sim, de facto, ele está hoje na Bielorrússia”, afirmou.
De recordar que, esta terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, garantiu não saber estava o oligarca russo. “Não disponho de nenhum dado sobre ele”, salientou, na habitual conferência de imprensa realizada por telefone.
Vladimir Putin voltou hoje a discursar, garantindo que o “caos” foi evitado com o fim de uma rebelião que durou 24 horas. Numa mensagem de apenas cinco minutos, destacou a ação das forças de segurança russas, os “verdadeiros defensores em tempos perturbados”. Além disso, garantiu que as forças armadas e o povo não apoiaram a rebelião, pedindo um minuto de silêncio pelos militares russos mortos pelos amotinados, enquanto “cumpriam honrosamente o seu dever”.
O chefe de Estado acusou ainda o Ocidente de ter sido cúmplice da “traição” do grupo Wagner, que, no fim de semana, tomou a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançou com destino a Moscovo. Os mercenários chegaram a estar a 200 quilómetros da capital.
A revelião terminou com um acordo, mediante o qual Prigozhin ficará exilado na Bielorrússia em troca de imunidade para si e para os seus soldados.
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