Comunidade

Rancho Folclórico da Casa da Madeira celebrou 40 anos

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Foi há 40 anos que o Rancho Folclórico da Casa da Madeira começou a sua atividade. É um dos mais antigos grupos de danças e cantares da comunidade portuguesa residente na Grande Área de Toronto o que não é de estranhar se nos lembrarmos que a Casa da Madeira também é uma das mais antigas associações comunitárias, como nos lembrou José Rodrigues – presidente da Assembleia Geral da Casa da Madeira é a segunda casa mais antiga da comunidade portuguesa, aqui no Canadá. Celebra este ano 61 anos de existência, portanto é uma casa com muita história e é uma casa que tem todas as condições.

Espero que as gerações futuras continuem a trabalhar para que esta casa continue a servir não só a comunidade madeirense, mas a comunidade portuguesa em geral. Aqui tem-se feito muito trabalho, tem-se promovido a nossa cultura e as nossas tradições. É uma casa cheia de história e com este evento onde celebramos os 40 anos do Rancho Folclórico reafirmamos uma vez mais a nossa existência.”

 

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E a história do Rancho Folclórico da Casa da Madeira começou a ser escrita com pessoas como José de Freitas que, desde o início, se entregou de alma e coração a esta forma de se ligar à terra que o viu nascer – “assim que eu soube que a Casa da Madeira ia formar o Rancho Folclórico fui dos primeiros dançarinos a preparar-me para dançar.

Depois o primeiro ensaiador queria só adultos, mas eu pensei ‘isto não pode ser só adultos’. Dois anos depois formámos dois grupos – o juvenil e o infantil. Daí para cá fizemos muitas atuações, fomos a muitos lugares, Montreal, Madeira, New Bedford… a muitos lados. E graças à força que têm ainda alguns elementos continuamos. O que representa mais a Casa da Madeira é o Rancho Folclórico.”

A Casa da Madeira para além da sua longa história na comunidade luso-canadiana tem também um património valioso, que foi sendo construído e preservado ao longo dos 61 anos da sua existência. “A Casa da Madeira é detentora de um património único em toda a diáspora portuguesa, apesar de sermos a parcela mais pequenina da comunidade portuguesa no Canadá. Temos a nossa sede e o nosso Madeira Park. É um património que nos orgulha, fruto do trabalho de um punhado de madeirenses com uma visão extraordinária que lançaram à terra uma semente e nós temos tido o orgulho de colher estes frutos. Mas este é um património que requer muito trabalho que exige a participação não só dos madeirenses, mas de toda a comunidade portuguesa.”, afirmou José Rodrigues.

Em relação ao passado já sabemos que há uma história gloriosa para contar, mas que futuro tem a Casa e o respetivo Rancho Folclórico que tanto têm dignificado e elevado as tradições da ilha da Madeira em Toronto?
José de Freitas confessa que a perspetiva não é a mais animadora “está um pedacinho meio escura essa parte porque está a ser difícil convencer os mais novos. Sabe que antigamente os mais novos saiam de casa iam para a escola e da escola vinham para casa, hoje em dia há muita coisa que os jovens podem fazer aqui no Canadá.’
Ainda relativamente ao futuro da instituição, José Rodrigues falou de um fenómeno que está a tornar mais difícil a continuidade “hoje o Norte América já não é um destino de eleição, sabemos que a Europa está a atrair a maior parte da emigração madeirense. São muito poucos os que vêm para o Canadá. Por isso temos uma comunidade envelhecida e a diminuir. Temos esta vertente preocupante e negativa em relação ao nosso futuro.

Madalena Balça/MS

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