Comunidade

Portugal saiu à rua em Toronto

milenio stadium - parada

 

Portugal saiu à rua em Toronto. Atravessou a Dundas Street, o Little Portugal e mostrou-se a todos os que circulavam naquela manhã no Do West Fest, o festival de rua promovido pela BIA do Little Portugal. O tempo ajudou e, mais uma vez, a Parada encheu-se de participantes e principalmente de orgulhosos portugueses que se espalharam na rua que tão bem conhecem e consideram como sua, para aplaudir e vibrar com esta forma tão única de sentir Portugal. O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Toronto acolheu personalidades da vida política portuguesa e canadiana que, com a sua presença, mostram de forma clara que os portugueses que há 70 anos chegaram a este país conquistaram o respeito e consideração de todos. Aqui, no Canadá que os acolheu e além-mar no país mãe que, em tempos, os viu sair, à procura de outras oportunidades de vida.

Madalena Balça/MS

 

eustaquio - milenio stadium

José Maria Eustáquio

Qualquer projeto e Parada tem a sua dimensão e o seu objetivo. Este ano há vários. Obviamente, a celebração dos 70 anos marca e a ligação que os 70 anos têm ao projeto Magellan, já que se quer chamar a atenção do facto de que há para cima de 25 anos este é um projeto essencial para abrir as portas para uma comunidade saudável. Muitos dos idosos precisam deste projeto. Eu posso falar da minha mãe própria e entendo a dimensão do projeto e a importância do projeto. A celebração dos 70 anos foi fantástica! Foi um trabalho muito bem reconhecido, um trabalho fabuloso. Se calhar foi um lançamento e um pontapé de atenção para o facto de a cultura portuguesa ser vibrante aqui nesta província. E este casamento, entre a ACAPO e a BIA do Portugal Village que criou esta dimensão de um evento único. Obviamente, quando é um casamento novo, tem os seus bons e maus momentos. Hoje a rua está cheia, o tempo está bom, vamos ter aquele cheiro da sardinhada e tudo o que é português, um bom folclore, artistas comunitários. Estou muito satisfeito. Vai ser um dia de sucesso.

 

anabela taborda

Anabela Taborda

Hoje é um dia fantástico. Vamos por partes. Nós somos o Little Portugal, somos um pequenino Portugal no Canadá. Portanto, este dia vai encher-nos a alma e o peito por podermos ter aqui estas celebrações.
Hoje é um dia maravilhoso. Até a Mãe Natureza esteve a tomar conta de nós. As estradas estão cheias de portugueses com orgulho da nossa portugalidade. É realmente fantástico.

 

 

katia - milenio stadium

Katia Caramujo

Este ano celebramos os 70 anos de imigração portuguesa, como a Madonna disse, e nós, no fundo, também estamos a travar novos caminhos ao tentar fazer uma espécie de aliança entre a ACAPO e a BIA do Little Portugal. É a primeira vez que a parada está integrada, como vocês veem, no Do West Festival. Vamos ver como corre este casamento. Esperamos que abra outras portas, que nós não temos há algum tempo abertas para nós. Queremos efetuar o nosso festival e que a gente esteja aqui de novo para o ano.

 

 

catarina sarmento

Catarina Sarmento e Castro

Vejo sobretudo muito orgulho e sentir de Portugal. Eu logo que aqui chegada, encontrei um rancho com quem não resisti a dançar.
Olho à minha volta e não posso deixar nestas minhas primeiras palavras de cumprimentar de forma muito sentida todos aqueles grupos que fazem desta comunidade Portugal, afinal aqui tão longe e tão perto.

 

 

bernardino - milenio stadium

Bernardino Ferreira

Participar na Parada de Portugal tem muito significado, especialmente este ano. Os 70 anos são uma coisa marcante, que nós temos estado a festejar e em cujos festejos temos participado. Nós LiUNA e eu em particular, quero que esta parada, especialmente esta das muitas que nós participamos, (eu participo desde o princípio…) quero que esta parada seja de facto diferente, melhor. Abrir a Parada de Portugal faz criar pele de galinha, como se costuma dizer. E depois muita, muita desta gente por aí fora, são nossos membros. Temos muita gente mesmo na beira da rua da estrada, que tem orgulho em nos ver passar. E a gente nota isso neles. E eles acenam-nos e cumprimentam-nos e mandam mensagens. E é um orgulho para todos, para todos. Embora a Local não seja só portugueses, mas a maioria ainda é. E para nós é um orgulho participar neste dia. Nós somos super envolvidos na comunidade, ajudamos toda a gente. O nosso manager é um homem que tem um coração do tamanho do mundo e nunca diz que não. Nunca se diz que não a ninguém. Ajudamos toda a gente, não só portugueses como polacos e turcos e espanhóis ou sul-americanos ou todas, todas as etnias são cobertas pelo nosso sindicato e claro, a comunidade portuguesa. Não podemos dizer que não. Nós temos obrigação, de certa forma, de ajudar a sustentar os clubes e as associações, a mantê-los vivos, a mantê-los a todos vocês vivos. Porque isto não pode morrer, não pode acabar.

 

 

jack prazeres - milenio stadium

Jack Prazeres

Porque hoje é um dia com muita alegria para todos nós. Não é? O dia de Portugal, é sempre um dia de celebrar.
É daqueles dias que faz arrepiar a pele quando é o nosso Portugal e celebrar, especialmente 70 anos depois da chegada daqueles primeiros que vieram para aqui e daqueles aventureiros que muitos deles tanto sofreram naquelas quintas de tabaco e nas linhas de comboio e essas coisas todas.
Portanto, vamos todos celebrar. É um prazer enorme – sermos portugueses e celebrarmos aqui na rua, nesta linda Dundas. Hoje vai ser uma grande Parada.

 

 

catarina - milenio stadium

Catarina

Adoramos ser parte da parada do desfile do Dia de Camões e das Comunidades e de Portugal. É um orgulho estar aqui com os outros grupos, as outras associações.
É continuação daquela tradição das tunas, essa tradição académica de Portugal e mostrar quem somos e que temos aquele orgulho de continuar, isto é, sempre com força.

 

 

joel filipe - milenio stadium

Joel Filipe

É sempre um dia muito especial que nós temos tido agora. Infelizmente tivemos a pandemia que estivemos parados dois anos. Vamos tentar recuperar esse dia e ver se vamos recuperar os tempos antigos que é difícil. Vamos esperar que isto melhore. Mas para nós, especialmente para o sindicato, é mais um dia que vamos desfilar nas ruas de Toronto e isso tem um significado especial neste ano em que celebramos os 70 anos da chegada dos primeiros imigrantes. Porque foram esses que nos abriram as portas. Eu vim para vim para aqui já em 1970 e havia muitas dificuldades, nem dava imaginar as dificuldades que eles encontraram em 53, 54. E eu por acaso tive um tio meu que é um pioneiro que veio nessas alturas também. Naqueles tempos era muito difícil, mas mesmo assim eles vieram procurar uma vida melhor para eles e para as famílias que depois se vieram a juntar a eles. E isso para nós é muito gratificante.

 

 

ana bailao - milenio stadium

Ana Bailão

Participei sempre! Todos os anos! Aliás, de formas muito diferentes, desde estudante universitária, líder de organizações desta comunidade, vereadora desta área, membro da comunidade e como portuguesa, sempre. Já são muitos anos que eu tenho o privilégio e o prazer de participar nesta Parada.
E desde já quero agradecer também a todos os voluntários que organizaram e todas as organizações que patrocinam, porque isto é uma grande demonstração de portugalidade. Aqui na cidade de Toronto nós compartilhamos a nossa herança cultural com as pessoas todas aqui da cidade, e eu acho que isso é muito importante para a preservação da nossa cultura aqui.

 

 

eurico - milenio stadium

Eurico Brilhante Dias

Estamos aqui presentes porque o Grupo Parlamentar do Partido Socialista, desde o ano passado decidiu que estaria com as comunidades no 10 de Junho? O ano passado estivemos em Paris e este ano fora da Europa, Escolhemos Toronto. Esta é uma comunidade que tem milhares e milhares de portugueses diferentes gerações. A segunda e a terceira geração continuam fortemente ligadas a Portugal e esta Parada é, provavelmente, única no mundo. E o grupo parlamentar faz política para todos os portugueses e o Partido Socialista faz política para todos os portugueses com os nossos deputados eleitos pela imigração. E essa representação precisa de proximidade às pessoas. É preciso ouvir, é preciso estar com elas. E o 10 de junho é uma ótima oportunidade, porque talvez nós sejamos o único país no mundo em que o nosso dia nacional é o dia de um poeta e das nossas comunidades no exterior. E é por isso que partilhar com esta gente este dia é tão importante para nós.

 

 

teresa - milenio stadium

Teresa Gonçalves

Fiz questão de estar mais próxima da nossa comunidade. Nós temos uma comunidade açoriana muito grande aqui em Toronto e, portanto, fiz questão de vir para cá para estar próxima deles. Nós temos estado num processo de transformação.
Efetivamente, estamos constantemente atentos às necessidades dos açorianos e da diáspora e da comunidade de Toronto, portanto não só açorianos, e estamos constantemente atentos para perceber o que é que necessitamos de melhorar.
Estamos constantemente a apostar num serviço de qualidade que vá ao encontro das expetativas dos nossos clientes e portanto, acho que só temos agora que continuar a fazer este nosso caminho.

 

 

francisco cesar - milenio stadium

Francisco César

Nós sabemos que as nossas comunidades, os açorianos, os primeiros que cá chegaram, saíram de uma situação difícil muitas vezes. Saíram sem educação, para fugir até a fome que tinham durante este período e saíram à procura de oportunidades. E o Canadá foi a terra de oportunidades para os açorianos, para os portugueses que cá chegaram. Chegar cá agora e sentirmo-nos em casa como estamos a sentir e ver que não só essa oportunidade foi encontrada, como foi realizada e hoje Portugal é muito mais que a sua fronteira. Os Açores são muito mais que as suas nove ilhas. Está aqui. Portugal é também isto e é um Portugal realizado de que nos orgulhamos e que ajudou na construção deste país.

 

 

paulo pisco - milenio stadium

Paulo Pisco

Entre os portugueses que vivem na Europa e os que vivem Fora da Europa, há diferenças e pontos comuns, mas relativamente ao sentido de pertença a Portugal essa é uma das grandes convergências que existem entre todos os portugueses, seja em que parte do mundo eles estejam. Há problemas que são verdadeiramente comuns as questões relacionadas com o consulado, não tanto as questões relacionadas com o ensino do português, que é uma questão um pouco diferente, mas o movimento associativo também é uma questão bastante diversa relativamente àquilo que acontece na Europa. Mas há uma coisa que é sobretudo comum os portugueses, onde quer que eles estejam, o sentimento de pertença a Portugal, que é enorme. E é esse sentimento de pertença que nós devemos procurar para nos ligarmos a eles, para que os portugueses não se sintam abandonados onde quer que estejam. É esse o nosso propósito. E é também por isso que esta delegação do Grupo Parlamentar do PS aqui vem – para dizer aos portugueses que estamos com eles, que não os abandonamos, porque onde quer que eles estejam, nós procuramos ir ao encontro deles.

 

 

nellie pedro - milenio stadium

Nellie Pedro

É importante, obviamente, celebrar todos os anos, mas neste ano de celebração dos 70 anos é histórico. É um número que atingimos com muito orgulho e muito esforço, o esforço dos pioneiros. Tenho é pena que este ano e todos os anos, nos últimos 70 anos, os números de participação têm diminuído muito nesta parada. Eu vim porque hoje estive a ver a parada de 1997 em Gente A Nossa Memória e era uma multidão enorme e eu todos os anos tenho andado. Eu não ia andar este ano, mas eu disse – eu vou porque faz parte da minha história, da história desta comunidade.

 

 

fatima lopes - milenio stadium

Fátima Lopes

Estou pela primeira vez em Toronto e logo numa altura tão especial, eu acho que não podia ter escolhido melhor altura para vir, para sentir esta força da nossa comunidade, das nossas raízes, da nossa cultura. E está a ser uma experiência muito bonita, muito bonita mesmo. Eu percebo a alegria das pessoas quando me veem, mas eu também fico muito feliz de ir ao encontro delas. Nós em Portugal, na verdade, como temos acesso a tudo diariamente, com tudo o que tem a ver com a nossa cultura, com os nossos hábitos, etc, etc, simplesmente fazermos a nossa vida sem parar para pensar. Nem sempre valorizamos o que temos, como se valoriza aqui. A esta distância, consegue-se valorizar cada ponto da nossa vida, da nossa história. E eu acho que aqui tudo é muito mais intenso do que honestamente eu sinto no dia 10 de Junho em Portugal. Por isso é que eu estou tão fascinada com a forma como as pessoas estão a viver, com esta alegria até mesmo as gerações mais jovens, algumas sem tantas referências, nomeadamente históricas, mas vivem isto com uma alegria extraordinária. Extraordinária mesmo.

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