É um pássaro? É um avião? Não! São os dragões de Conceição!
À 23ª jornada a I Liga conhece um novo líder: o FC do Porto. O Benfica vê a vida a ir de mal a pior e mostrou-se incapaz de segurar uma liderança que já esteve a 10 pontos de distância. Águias sem rumo, é o que é!
Os dragões deslocaram-se a casa do Santa Clara com apenas uma intenção: ganhar e esperar que o Benfica escorregasse na receção ao Moreirense. Não se sabe a que santinho é que eles rezam, mas pelos vistos é um santo que ouve e corresponde. A vitória portista teve, no entanto, muito “ferro” à mistura. Numa partida equilibrada – um FC Porto com mais posse de bola versus um Santa Clara bem organizado defensivamente -, o primeiro aviso deu-se logo aos três minutos, quando João Afonso cabeceou a bola para a própria baliza, obrigando Marco a uma grande defesa para o poste insular. Aos 32’ foram os ferros portistas que tremeram: um livre muito próximo à grande área, marcado por Costinha, acertou na barra da baliza de Marchesín.
Passados cinco minutos, Manafá arrancou com bola pelo corredor central, tabelou com Sérgio Oliveira, bateu Marco e inaugurou o marcador.
A segunda parte trouxe consigo duas equipas que não se mostravam muito aventureiras na hora de atacar – a resposta estava então nos lances de bola parada. Aos 55’, o Santa Clara voltou a fazer o “mais difícil” – Lincoln disparou uma bomba na zona central que só parou no poste azul e branco. O “jogo dos ferros” ainda conheceria mais um momento, e este o mais polémico de todos – é assinalada grande penalidade a favor do FC Porto, após falta de Marco sobre Otávio, e Alex Telles, na marcação, atirou ao poste esquerdo. O golo haveria, no entanto, de chegar, mas por intermédio Marcano, aos 76’ – Sérgio Oliveira cruzou e o espanhol cabeceou a bola para o fundo das redes.
Os dragões apresentaram-se de boa saúde… já o mesmo não se pode dizer do Benfica. Os sinais de debilidade já não são de agora: desde a primeira vez que as pernas dos encarnados fraquejaram, não mais conseguiram recuperar. Será que não está já na hora de Bruno Lage mudar de “antibiótico”? É que já toda a gente percebeu que assim “a coisa” não vai lá… Verdade seja dita, no entanto, que nesta partida não faltaram oportunidades para que os encarnados conseguissem os três pontos. Senão vejamos: já depois ambas equipas terem construído um par de boas ocasiões, Grimaldo, aos 39’, atirou ao ferro, num cruzamento em trivela. Depois, aos 48’, é assinalada grande penalidade a favor das águias, por braço de Gabrielzinho: Pizzi, na marcação, atirou ao lado.
Já depois de Rafa ter visto um golo ser anulado pelo VAR (50’) e com o Moreirense em vantagem (golo de Fábio Abreu aos 67’), Vinícius teve nos pés, aos 73’, a oportunidade de empatar a partida, mas rematou ao lado.
Aos 90+1’, Pizzi foi novamente chamado a bater uma nova grande penalidade. Pasinato defendeu à primeira, mas não foi capaz de o fazer na recarga. Estava feito o empate que, apesar dos oito minutos de compensação, não se alterou até ao apito final.
O que têm em comum o Portimonense – Vitória de Setúbal e o Rio Ave – Belenenses? Ambos terminaram empatados e sem golos. Todos, à exceção do Belenenses que saltou do 15.º para o 13.º lugar, mantiveram as suas posições na tabela classificativa.
No Estádio do Bessa, os gilistas bateram a equipa da casa com um golo de Sandro Lima, aos 77’. Os axadrezados caíram para o 10.º lugar, enquanto que o Gil Vicente saltou para o oitavo lugar.
O Paços de Ferreira afundou ainda mais o Desportivo das Aves na tabela classificativa, ao bater, nas Aves, o lanterna-vermelha por 3-1. Os golos pacenses foram apontados por Pedrinho (27’) – um golaço -, Hélder Ferreira (49’) e Castanheira (72’), de grande penalidade). O tento de honra avense teve assinatura de Welinton, aos 44’.
Em Guimarães, os conquistadores repetiram o resultado da ronda anterior (2-0), desta vez frente ao Tondela. O triunfo ficou decidido logo na primeira parte, com golos de Bruno Duarte e André André, aos 24’ e 41, respetivamente.
Já o Braga esteve perto de empatar frente ao Marítimo, mas um golo de Paulinho, aos 90+8’, deu a vitória aos Guerreiros do Minho, que consolidaram o terceiro lugar. Francisco Trincão abriu o marcador no Estádio do Marítimo aos 5’ e Correa, aos 65’, marcou pelos insulares.
Silas disse adeus ao Sporting da pior forma possível: perdeu, por 2-0, em Famalicão e colocou os leões a quatro pontos do terceiro lugar. Os adeptos da casa gritaram golo logo aos cinco minutos, quando Racic, de primeira, atirou o esférico para o fundo das redes leoninas. Um bis de Diogo Gonçalves (8’ e 66’) fechou as contas da turma famalicense, que só obteve resposta da equipa de Alvalade aos 45+1’, por intermédio de Coates. Estes três pontos permitiram ao Famalicão manter o sexto lugar, com 36 pontos, a um do Rio Ave.
Na conferência de imprensa que se seguiu à partida, Silas afirmou que este foi o seu último jogo no comando dos leões, assumindo que esta foi uma “decisão mais do que pensada”. Mais uma voltinha, mais uma “chicotada”…
Inês Barbosa
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