Brasil

Lula da Silva discute novo Governo com foco na economia e ambiente

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(FILES) This file photo taken on October 29, 2022, shows Brazilian former President (2003-2010) and candidate for the leftist Workers Party (PT) Luiz Inacio Lula da Silva during a press conference in Sao Paulo, Brazil. – Brazil’s president-elect Luiz Inacio Lula da Silva is facing a tough battle to halt the destruction of the Amazon forest, with the weight of global expectation on his shoulders before he even takes office. (Photo by CARL DE SOUZA / AFP)

 

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, liderou esta segunda-feira várias reuniões com a sua equipa de transição para lançar as bases do seu futuro Governo e discutir as questões-chave do orçamento e o ambiente.

Lula da Silva, de 77 anos, regressou a São Paulo após alguns dias de descanso no estado da Bahia, no nordeste do Brasil, após vencer a segunda volta das eleições presidenciais contra o atual governante, Jair Bolsonaro.

Os principais aliados do líder histórico do Partido dos Trabalhadores (PT) reuniram-se num hotel em São Paulo para abordar as questões mais prementes da nova administração, que tomará posse em 01 de janeiro.

A este respeito, a equipa de Lula da Silva já está a trabalhar para tornar realidade uma das maiores promessas da campanha do antigo líder sindical: manter o valor do subsídio para os mais pobres em 600 reais (cerca de 120 euros) por mês.

A proposta de orçamento do Governo de Jair Bolsonaro enviada ao Congresso inclui um valor de 400 reais (80 euros) para 2023, 33% inferior ao atual.

Além disso, Lula da Silva prometeu às famílias um bónus de 150 reais (30 euros) para cada criança até aos 6 anos.

A equipa do líder progressista estava a analisar hoje como tornar este robusto pacote social uma realidade, no meio da delicada situação fiscal da maior economia da América Latina.

Fontes do PT apontam para duas alternativas possíveis.

A primeira seria o envio de uma emenda constitucional que exigiria uma negociação com o poder legislativo e cuja aprovação dependeria da aprovação, em dois votos, de três quintos da Câmara dos Deputados (308) e do Senado (49), atualmente dominada por forças de centro e de direita.

A segunda seria modificar a atual proposta de orçamento, realocando recursos destinados a outras iniciativas.

Lula da Silva pretende continuar estas negociações em Brasília ao longo desta semana na companhia do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, que está a coordenar a equipa de transição com a administração do atual Presidente, Jair Bolsonaro.

Por outro lado, o Presidente eleito está também a analisar a sua agenda com vista à sua participação na 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), que se realiza a partir deste domingo até 18 de novembro no Egito.

Fontes do líder progressista, que governou o país entre 2003 e 2010, disseram que a sua intenção é ir ao Egito a partir da segunda semana da cimeira climática, sem especificar datas.

JN/MS

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