África

Tropas do Sudão do Sul integram força que combate rebeldes na RDCongo

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Créditos: Kenny Katombe/Reuters

Tropas do Sudão do Sul chegaram no domingo ao leste da República Democrática do Congo (RDCongo) para integrarem a força da Comunidade da África Oriental (EAC) que combate grupos armados, disseram hoje fontes militares.

“Sim, eles estão no nosso território”, disse hoje o porta-voz das Forças Armadas da RDCongo (FARDC), major-general Sylvain Ekenge, citado pela agência de notícias espanhola EFE, sem dar mais pormenores. Cerca de 30 militares integram este primeiro destacamento enviado por Juba, que afirmou no final de dezembro que iria contribuir com 750 soldados para o mecanismo regional.

As tropas sul-sudanesas desembarcaram em Goma, a capital da província do Kivu do Norte, para se juntarem às tropas já destacadas pelo Quénia, Uganda e Burundi. Os militares ruandeses foram expulsos por razões de segurança no final de janeiro pelas autoridades congolesas, que acusam Kigali de apoiar o Movimento 23 de Março (M23), uma colaboração confirmada por pelo menos dois relatórios da ONU, mas negada pelo Governo ruandês.

Entretanto, o Ruanda e o M23 acusam o exército congolês de se aliar aos rebeldes das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), fundadas em 2000 pelos líderes do genocídio de 1994 e outros ruandeses exilados na RDCongo para recuperarem o poder político no seu país de origem.

Esta cooperação foi igualmente confirmada pela ONU. A força militar regional da EAC começou a ser destacada no final do ano passado, após a reativação do M23 em março de 2022, após vários anos de calma, e desde então o grupo rebelde tem ocupado áreas e locais estratégicos, com vários anúncios de cessar-fogo falhados.

Angola está a mediar as negociações no leste da RDCongo, tendo anunciado um cessar-fogo no início de março, mas que tem vindo a ser violado. Os confrontos entre o M23 e o exército congolês deslocaram mais de 800.000 pessoas no último ano, segundo o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA). Desde 1998, o leste da RDCongo tem sido palco de conflitos alimentados por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército, apesar da presença da missão de manutenção da paz da ONU no país (Monusco).

NM/MS

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