Laura
Por estes dias, lembra-se a Mãe em Portugal e no Canadá e o papel preponderante que tem na vida de cada um. Laura é o nome da minha Mãe. Mãe para mim é muito a minha Laura, que do alto dos seus 80 anos se destaca como Mãe exemplar que foi, é, e será, para os seus filhos. Mas hoje eu queria enaltecer as Mães que o são sem terem dado à luz, que são mães de coração de afeto de carinho e que devem ser exatamente lembradas de igual forma.
A figura materna com a criança é fundamental na construção de todos nós. Mãe de família, mais ou menos tradicional, será sempre Mãe. Ser mãe adotiva é ter um amor que não precisa de se definir por vínculos de sangue.
Por falar em Mãe, a língua portuguesa tem um poder maternal em todos os portugueses. Quem não tem orgulho na sua língua? Quando há uns dias celebrámos 50 anos de Abril, não foi a palavra, a língua, um instrumento importantíssimo para a conquista da Liberdade?
Aproveito a oportunidade para felicitar o Consulado-Geral de Portugal em Toronto e a Embaixada de Portugal no Canadá pelas excelentes iniciativas que lograram empreender tendo em vista a comemoração do dia Mundial da Língua Portuguesa.
Apelo fortemente ao uso da língua portuguesa e à capacidade de usar a leitura e a escrita como forma de adquirir conhecimentos, desenvolver as potencialidades e participar ativamente na sociedade.
Mas voltemos às qualidades de Mãe.
Nunca teremos ninguém que nos oiça tão bem quanto a nossa Mãe. Mas da nossa parte, como filhos devemos também ter a capacidade de agradecer, de elogiar, de valorizar, de darmos segurança (qual a mãe que não levaria um tiro pelo seu filho?).
O que é que qualquer filho gostaria de agradecer:
Agradecer o ensino do certo e errado, e por todas as vezes que ouviram realmente o que era preciso, quer se entendesse ou não.
Agradecer a compreensão quando algo era realmente importante para os filhos e deixar fazer isso mesmo que a Mãe realmente quisesse dizer não.
Agradeço por todas as vezes que me apoiou, mesmo sabendo que nem sempre os filhos são fáceis de lidar.
Agradeço por estar sempre à distância de um telefonema com sua sabedoria e amor.
Enfim… Obrigado por tudo Mãe!
“Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.”
Ensinamento, de Adélia Prado
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