Augusto BandeiraTemas de Capa

António Costa no Conselho Europeu: São muitos os desafios

 

 

Quando chegam ao poder, todos dizem que vão ser presidente de todos.

Depois de António Costa ter sido escolhido pela maioria para presidir o Conselho Europeu, decidi dar continuidade no artigo de opinião sobre o assunto, como a notícia ainda está fresca achei que dava mais adrenalina opinar sobre o assunto. Algumas coisas chamaram-me atenção, depois de ouvir AC a dizer que será o presidente de todos os que se sentam no Conselho Europeu ainda me deu mais força, porque ele vai encontrar uma agenda cheia de grandes desafios e que o vai ocupar em grande, não vai ter muito tempo para andar distraído. Acho que quando ele, em novembro do ano passado, apresentou a demissão como primeiro-ministro estava a ver a luz ao fundo do túnel, que poderia chegar a um cargo europeu. O sonho era mesmo dar o salto, inteligente, apanhou a porta meia-aberta e, adeus. O que se calhar não esperava era uma agenda como a pode vir a encontrar. Todos o elogiaram como um grande negociador e sábio na questão de gerir consensos, tem dois anos para provar isso mesmo, e vai encontrar a extrema-direita a crescer a passos largos em toda a Europa. Vai ser um desafio bem grande para se sentar com eles, porque é parte das funções do presidente, presidir às reuniões do Conselho Europeu e dinamizar os seus trabalhos. São desafios significativos, porque a extrema-direita tem ganhado terreno em vários países, isto pode dificultar-lhe a procura de consensos no Conselho Europeu, por uma razão muito fácil, a extrema-direita vê a Europa de forma diferente do resto dos partidos.

Embora eles digam que são a favor da união, mas é melhor não os deixar chegar ao poder (reparem o que aconteceu em França no dia seguinte às eleições). O presidente do Conselho Europeu vai encontrar várias coisas que podem levar a desacordos. Para enfrentar certos desafios, António Costa vai precisar de exercer habilidades diplomáticas, a maior parte dos comentadores e dos membros que o elegeram acham e dizem que ele tem esse dom de saber dialogar, mas vamos ver, com tudo que se está a passar no mundo, especialmente na europa, o diálogo entre os membros do Conselho será o segredo. Ele vai ter de procurar unir os estados-membro, que acho que nunca foi tão difícil como agora. Como todos o têm afirmado, ele tem capacidades para o fazer, combater os populistas com argumentos baseados em evidências e resultados concretos.

Parabéns para Portugal e para António Costa pelo cargo que vai desempenhar nos próximos dois anos. Toma posse em Outubro, mas já tem as mãos quentes, este cargo de presidente do Conselho Europeu não é cargo oficial e a tempo inteiro há muitos anos, passou a ser após a entrada em vigor do tratado de Lisboa em 2009. Antes de se tornar um cargo mais importante, oficial, o Conselho Europeu era uma instância informal, as funções eram desempenhadas pelo/a chefe de estado que exercia a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.
Para nós portugueses, ver um português a chefiar um cargo desta importância deve ser um orgulho para todos, António Costa só não fará um excelente trabalho se não quiser. Um bom português por onde passa deixa sempre marcas positivas e vitórias.
Bom fim de semana.

Augusto Bandeira/MS

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