Desporto

Madureira condenado e proibido de entrar em estádios 18 meses por agredir polícias

Fernando Madureira fotografado em 2019 no Estádio do Dragão. Foto: Fábio Poço / Global Imagens

Fernando Madureira, antigo líder da claque dos Super Dragões foi condenado a sete meses de prisão, com pena suspensa, por agressões a agentes da PSP cometidas antes de um jogo de hóquei em patins, em 2018, nas imediações do Estádio do Dragão e do pavilhão do F. C. Porto.

Fernando Madureira, mais conhecido por “Macaco”, há dias autoexcluído da liderança dos Superdragões, foi condenado esta quinta-feira no tribunal do Bolhão, no Porto, a sete meses de cadeia, com a pena suspensa, por agressões a policias que protegiam centenas de adeptos benfiquistas que se deslocaram ao Pavilhão Dragão Caixa, em abril de 2018, para assistir a um jogo de hóquei em patins opunha o Porto ao rival lisboeta.

Madureira, que está em prisão preventiva no âmbito da operação “Pretoriano”, ficou ainda, como pena acessória, proibido de frequentar recintos desportivos durante ano e meio, castigo que se estende a outros seis arguidos também condenados neste processo.

Eram nove os elementos dos Superdragões a responder pelas alegadas agressões ocorridas na tarde de 7 de abril de 2018, antes do encontro de hóquei em patins entre FC Porto e Benfica, para a Liga Europeia da modalidade. Segundo a acusação, dada, na sua essência, como provada durante este julgamento, Madureira e outros oito elementos da claque terão organizado um grupo de cerca de 200 adeptos para uma receção violenta aos rivais que chegariam à estação do Metro do Dragão por volta das 14 horas.

Fechados na estação

A PSP, que obtivera informação dos intentos de Madureira e companhia, deslocou para o local uma força para controlar a claque portista. Segundo o Ministério Público, Fernando Madureira e principais acólitos, terão constituído “dois grupos”, que “atacariam”, concertados, os rivais logo à saída da estação.

Para o efeito, os portistas armaram-se com paus e bastões, tochas e garrafas de vidro. Já no local, ainda arrancaram paralelos da calçada, para arremessarem sobre os opositores. A estratégia e manobras não passaram despercebidas aos agentes da autoridade que, para impedir o confronto que se adivinhava violento, decidiram barrar a saída do metro aos benfiquistas, confinando-os no interior da estação.

Fernando Madureira, identificado, como os restantes oito arguidos, pelas várias câmaras de videovigilância instaladas no local, não terá gostado da atuação policial e, à falta de rivais, todos decidiram virar a sua fúria, “com pedras, garrafas e tochas”, contra os policias.

Dois dos agentes foram atingidos com paralelos – um ficou ferido no rosto e teve de ser hospitalizado e outro num braço. Atacados, os homens da PSP tiveram de recorrer a balas de borracha e a tiros de munições reais para tentar dispersar os atacantes.

Pormenores

Reconhecido pela roupa

Nas imagens recolhidas pela PSP, inúmeras mostram Madureira “a liderar e comandar” os atacantes”. No entanto a sua identificação não foi clara pois atuou sempre de capuz na cabeça e rosto tapado. Mas o seu reconhecimento não deixou dúvidas ao tribunal nas imagens dentro do pavilhão, com as mesmas calças e sapatilhas. O casaco com capuz levava-o “amarrado à cinta”.

Os condenados

Apenas dois dos nove acusados foram absolvidos, por escassez de prova. Trata-se de Nuno Rosas e Jorge Coutinho. Além de Madureira, foram condenados Hugo “Polaco” (15 meses), Artur Araújo, João Vasconcelos e Nuno Vieira (oito meses) e Manuel Barros e Nuno Lopes (Cinco meses).

JN/MS

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