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Regulador do Brasil aprova vacina Coronavac para crianças e adolescentes

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Uma enfermeira prepara doses de vacinas da Pfizer contra a covid-19 no centro de vacinação da Ajuda em Lisboa, 03 de dezembro de 2021. TIAGO PETINGA/LUSA

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) brasileira, órgão regulador do país, aprovou esta quinta-feira o uso da Coronavac, vacina da chinesa Sinovac contra a covid-19, em crianças e adolescentes com idades entre os seis e 17 anos.

Os cinco diretores da Anvisa votaram por unanimidade a favor do uso da Coronavac, após um pedido feito pelo Instituto Butantan, que produz a Coronavac no Brasil.

A Anvisa decidiu, porém, que o imunizante não deve ser aplicado em crianças imunocomprometidas, por não haver informações sobre benefícios significativos para esse grupo, mas está autorizada para o público com comorbidades.

O pedido feito pelo Butantan contemplava a faixa etária de três a 17 anos. No entanto, a equipa técnica da Anvisa encontrou lacunas nos estudos de efetividade e segurança para a população de 3 a 5 anos de idade e em imunocomprometidos.

“Os resultados sugerem que a vacina Coronavac foi significativamente efetiva contra hospitalizações e internamentos em UTIs [Unidades de Terapia Intensiva] e óbitos na população pediátrica. Tais resultados são importantes na luta para salvar vidas e reduzir efetivamente o impacto no sistema de saúde”, afirmou a relatora do tema na agência, Meiruze Freitas.

Meiruze destacou ainda que dados colhidos em estudos feitos no Chile com cerca de 1,9 milhões de crianças acima de 6 anos mostram a efetividade da vacina, salientando que é importante reforçar a vacinação infantil num momento de especial disseminação da nova variante Ómicron.

A imunização com a Coronavac deverá acontecer com duas doses aplicadas com um intervalo de 28 dias.

Ao contrário da vacina da Pfizer, que era, até agora, a única autorizada para crianças no Brasil e que é aplicada em dose menor em relação à versão para adultos, a Coronavac não terá adaptação para uma versão pediátrica.

O governador de São Paulo, João Doria, lembrou hoje que o Instituto Butantan tem 15 milhões de doses da Coronavac “prontas” para uso e distribuição em todo o país.

“Prepare o braço, molecada [criançada]! Anvisa autoriza vacinação de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos com Coronavac. Iniciaremos imediatamente a vacinação. Esperamos imunizar toda garotada em, no máximo, três semanas. Todos ‘virando’ jacaré”, irozinou Doria na rede social Twitter, referindo-se ao mito levantado pelo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, de que quem tomasse a vacina da Pfizer poderia transformar-se “num jacaré”.

A vacinação infantil contra a covid-19 foi homologada pela Anvisa em 16 de dezembro último, quando os seus técnicos aprovaram o antídoto da farmacêutica Pfizer para crianças entre os 05 e os 11 anos.

Contudo, a inclusão de crianças no plano nacional de vacinação tem estado envolvida em polémica no Brasil, após Jair Bolsonaro ter-se posicionado publicamente contra a administração do imunizante nessa faixa etária, que já perdeu cerca de 300 vidas devido à covid-19 desde o início da pandemia, segundo dados do próprio Governo.

Jair Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais céticos em relação à gravidade da pandemia e que garante que não foi vacinado contra a covid-19, chegou a enfatizar que a sua filha de 11 anos não receberá o imunizante.

O Brasil enfrenta atualmente uma nova vaga da pandemia causada pela rápida expansão da variante ómicron.

JN/MS

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