Açores

Açores é a região mais desigual na distribuição de rendimentos

Dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que o rendimento mediano dos portugueses foi de 8687 euros em 2017 e que é na Região Autónoma dos Açores que se verificam as maiores desigualdades ao nível da distribuição de rendimentos, seguindo-se as regiões da Área Metropolitana de Lisboa, Douro, Alto Tâmega e Terras de Trás-os-Montes.

64 Municípios apresentaram valores medianos do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo superiores à referência nacional, destacando-se, com valores acima de 10 000 euros, os seguintes: Oeiras, Lisboa, Cascais, Entroncamento, Alcochete, Coimbra, Almada, Porto, Vila Franca de Xira, Évora, Seixal, Aveiro, Marinha Grande, Odivelas e Setúbal.

Os que superam a referência nacional

Em 2017, os 20% dos sujeitos passivos com rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado mais baixos registaram valores até 5 050 euros (percentil 20), o que correspondia a cerca de 58% do valor mediano (8 687 euros) e a 34% do valor do rendimento do percentil 80 (14 974 euros).

Ao nível sub-regional, o valor do percentil 20 do rendimento bruto declarado do IRS liquidado por sujeito passivo variava entre 3 747 euros no Alto Tâmega e 5 944 euros na Área Metropolitana de Lisboa.

No lado oposto da distribuição de rendimentos, o valor do percentil 80 era mais elevado na Área Metropolitana de Lisboa (18 589 euros) e mais baixo na subregião do Tâmega e Sousa (10 272 euros).

Em 2017, em 45 municípios, localizados maioritariamente nas áreas metropolitanas de Lisboa (17 em 18 municípios) e do Porto (Porto, Maia e Matosinhos), na Região de Aveiro (Aveiro e Ílhavo), na Região de Coimbra (Coimbra, Figueira da Foz e Condeixa-a-Nova), na Região de Leiria (Marinha Grande e Leiria), no Alentejo Litoral (Santiago do Cacém e Sines), no Baixo Alentejo (Castro Verde e Beja) e, nas regiões autónomas dos Açores (Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta) e da Madeira (Funchal, Porto Santo e Santa Cruz) o valor do percentil 20 e do percentil 80 do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo superavam a referência nacional.

Em 2017, dos 34 municípios com coeficientes de Gini superiores ao valor nacional, 11 registaram também valores medianos de rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo superiores à referência nacional.

Açores na frente das desigualdades

O Coeficiente de Gini é um indicador de desigualdade na distribuição do rendimento que visa sintetizar num único valor a assimetria dessa distribuição. Assume valores entre 0 (quando todos os sujeitos passivos têm igual rendimento) e 100 (quando todo o rendimento se concentra num único sujeito passivo).

Em 2017, o coeficiente de Gini do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo era de 26,7% em Portugal.

A Região Autónoma dos Açores (28,1%), a Área Metropolitana de Lisboa (27,7%), e as subregiões contíguas do Douro (27,7%), do Alto Tâmega (27,6%) e de Terras de Trás-os-Montes (27,0%) apresentaram coeficientes de Gini superiores ao valor nacional evidenciando uma maior desigual- dade na distribuição do rendimento.

Por outro lado, o Ave (22,7%) apresentou o menor nível de concentração do rendimento entre as 25 sub-regiões NUTS III do país.

Municípios açorianos

A análise do padrão territorial do coeficiente de Gini permite destacar, com valores superiores à referência nacional, os municípios da Região Autónoma dos Açores (Vila do Porto, Lagoa, Vila Franca do Campo, Ponta Delgada, Ribeira Grande, Povoação e Angra do Heroísmo), do Douro (Carrazeda de Ansiães, Lamego, Murça, São João da Pesqueira, Tabuaço e Vila Real), de Terras de Trás-os-Montes (Alfandega da Fé, Macedo de Cavaleiros e Mogadouro) e das áreas metropolitanas do Porto (Espinho, Matosinhos, Porto e Póvoa de Varzim) e de Lisboa (Lisboa, Cascais, Alcochete e Oeiras).

Neste contexto destacavam-se os municípios Vila do Porto (33,3%), Lisboa (32,2%) e Porto (31,0%) com resultados neste indicador de desigualdade superiores a 30%.

Nas restantes sub-regiões NUTS III sobressaíam, com níveis de concentração do rendimento superiores ao valor nacional, os municípios de Chaves, Montalegre e Valpaços, no Alto Tâmega, os municípios do Funchal e Calheta na Região Autónoma da Madeira e ainda os municípios de Caminha (Alto Minho), Resende (Tâmega e Sousa), Murtosa (Região de Aveiro), Coimbra (Região de Coimbra) e Loulé (Algarve).

Os municípios com os menores níveis de desigualdade de rendimento situavam-se sobretudo no Interior das regiões Centro e Alentejo, tendo o município do Alandroal (19,3%) registado o menor coeficiente de Gini do país.

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Fonte
Diário dos Açores

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