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Tecnologia de ponta salvou a vida a mais de 200 doentes covid

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A patient affected by the Covid-19 coronavirus lies with a artificial respiration ECMO in the Covid-19 intensive care unit of the University hospital (Bergmannsheil Klinikum) in Bochum, western Germany, on December 16, 2021, amid the novel coronavirus COVID-19 pandemic. – The EU health agency ECDC on December 15, 2021 warned that vaccinations alone would not stop the rise of the Omicron variant of the novel coronavirus, and said “strong action” was urgently needed. (Photo by Ina FASSBENDER / AFP)

 

Portugal é dos países que mais têm usado a máquina que substitui os pulmões. Idade média dos pacientes é 51 anos.

Desde o início da pandemia, pelo menos 314 doentes covid-19 graves estiveram ligados à ECMO, a máquina que oxigena o sangue fora do corpo, substituindo a função pulmonar. As taxas de sobrevivência destes doentes, cuja média de idades ronda os 50 anos, andam entre os 63% e os 78%, dependendo dos hospitais. O que significa que mais de 200 pessoas que estiveram no fim de linha recuperaram.

Adultos, mulheres grávidas – como a que deu à luz, na quarta-feira, no Hospital de S. João -, adolescentes e crianças passaram por este tratamento altamente complexo, que é usado em cuidados intensivos quando nada mais resulta.

ALEMANHA USOU MAIS

Em Portugal, há três centros de referência ECMO (Hospitais de S. João, no Porto, Santa Maria e S. José, em Lisboa), mas nos picos das vagas da pandemia, Coimbra, Gaia (2 doentes) e Funchal (4) também usaram a tecnologia, como indica o último boletim do EuroECMO-Covid.

De acordo com aquele relatório, feito com dados de dezembro, Portugal usou o ECMO em 258 doentes, mas a informação mais atualizada fornecida ao JN pelos hospitais indica que já são, pelo menos, 314.

O relatório mostra que Portugal é dos países da Europa que submeteu mais doentes a ECMO. Alemanha (857), França (652), Espanha (633) e Itália (608) estão no topo em termos de casos absolutos.

No Centro Hospitalar Lisboa Norte (que inclui o Santa Maria) estiveram internados 92 doentes covid-19 desde o início da pandemia. A média de idades é de 55 anos, o que significa que “alguns têm entre 20 e 30 anos e outros entre 60 e 70”, frisou, ao JN, João Ribeiro, diretor do Serviço de Medicina Intensiva. Idades que se explicam pela complexidade e risco associado ao ECMO, mas que também mostram que “a doença não é sempre benigna nas idades mais baixas”. No Santa Maria, a taxa de sobrevivência atingiu os 78%, “um resultado extraordinário atendendo à casuística observada”, que resultará de “uma triagem rigorosa na identificação dos doentes com mais condições de sobreviverem com esta técnica”.

No Centro Hospitalar Lisboa Central, o ECMO foi usado em 87 doentes covid-19, com uma média de idades de 48,2 anos. A taxa de sobrevivência foi de “mais de 75%”.

No Hospital de S. João, no Porto, que reportou 83 utilizações ao EuroECMO-Covid, das quais 10% são em idade pediátrica ou neonatal, a idade média dos doentes é de 51 anos e a taxa de sobrevivência de 70%.

Já no Centro Hospitalar de Coimbra, foram submetidos a ECMO 46 doentes, com uma taxa de sobrevivência de 63%.

Mais 40 134 infeções e 22 mortes

Portugal registou 40 134 novas infeções e mais 22 mortes associadas à covid-19, 12 das quais na região de Lisboa e Vale do Tejo e 15 com mais de 80 anos. Segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), também estavam mais 64 pessoas internadas em enfermaria, totalizando 1699, o número mais elevado dos últimos dez meses. Ainda assim, mais baixo do que há um ano, altura em que estavam 4240 pessoas hospitalizadas. No entanto, estavam menos cinco pessoas nos cuidados intensivos (total de 162). Os casos ativos voltaram a aumentar, totalizando 286 965, mais 10 071 do que na quarta-feira, e 30 041 pessoas recuperaram da doença.

Usado na pediatria

Cerca de 10% dos doentes em ECMO tratados no S. João são da faixa etária pediátrica e neonatal. Um dos casos foi
o de um adolescente saudável que teve de ser tratado com ECMO por covid-19 grave. Foi transferido do Centro Materno Infantil do Norte para o S. João e, apesar do internamento prolongado, sobreviveu.

Dois partos ECMO

No Centro Hospitalar Lisboa Norte, duas crianças foram submetidas a ECMO. No ano passado, duas grávidas deram à luz ligadas àquela máquina (tal como aconteceu na quarta-feira no S. João) ambos os casos com desfechos favoráveis.

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