Em 2016, a mais assustadora entre as criaturas marinhas que habitaram os oceanos primitivos da Terra recebeu o nome científico de Otodus megalodon, mas desde a descoberta dos dentes fossilizados desse tubarão gigante, em 1875, o seu tamanho jamais havia sido cientificamente determinado – até agora. Um grupo de paleontobiólogos determinou as dimensões daquele que é, carinhosamente, chamado de “Meg” por guionistas de Hollywood.
O estudo, publicado na revista Scientific Reports, mostrou que o icónico tubarão tinha entre 15 e 18 metros de comprimento e pesava 45 toneladas. É considerado estatisticamente um ponto fora da curva.
“Ainda é um tubarão impressionantemente grande. O megalodon é um outlier, porque quase todos os outros tubarões não planctívoros [animais que se alimentam de plâncton] têm um limite de tamanho geral de sete metros. Apenas algumas espécies modernas, como o tubarão-baleia ou o tubarão-frade, se aproximam desse tamanho”, explicou o paleobiólogo da Universidade DePaul em Chicago Kenshu Shimada.
Mais ou menos extinto
O megalodonte pertence à ordem dos lamniformes, grupo que inclui animais com duas barbatanas dorsais e uma anal, cinco fendas branquiais, olhos sem membrana e boca estendendo-se para além do nível dos olhos.
![Maior Tubarão Já Existente-US-mileniostadium](https://mileniostadium.com/wp-content/uploads/2020/10/Schematic-Shark-Drawing-e1603460873522-300x168.jpg)
Para determinar o seu tamanho, os investigadores usaram como base as medidas de espécies atuais (a biologia das formas extintas é mal compreendida; por serem cartilaginosos, o que se sabe deles provém de dentes fossilizados).
![Maior Tubarão Já Existente-US-mileniostadium](https://mileniostadium.com/wp-content/uploads/2020/10/Um-dente-de-O.-megalodon-à-esquerda-comparado-com-um-de-tubarão-branco-à-direita.-300x200.jpg)
“Os resultados sugerem que um O. megalodon tinha, em valores aproximados, uma cabeça de 4,65 m de comprimento, uma barbatana dorsal de 1,62 m de altura e uma cauda de 3,85 m. Análises morfométricas sugerem ainda que as suas barbatanas dorsal e caudal foram adaptadas para uma locomoção predatória rápida e longos períodos de natação”, diz o estudo.
Em seis das 10 mil simulações, a pesquisa mostrou uma chance de 1% de existirem megalodontes vivos ainda hoje.
Kika/MS
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