Ryanair: “Desde a liberalização, já transportámos cerca de 2 milhões de passageiros”
Susana Brito acaba de ser nomeada responsável pela Comunicação e Relações Públicas da Ryanair para Portugal e Espanha, depois de ter trabalhado durante vários anos em departamentos de Marketing e Comunicação em start-ups e multinacionais como a Estée Lauder ou Telefónica, desenvolvendo o seu trabalho para os mercados espanhol e português. Susana Brito irá agora dirigir as actividades de relações públicas e comunicação da companhia aérea em Espanha e Portugal, dois mercados-chave para a Ryanair. A profissional “trará uma grande riqueza de conhecimentos para esta posição”, acredita Chiara Ravara, Head of International Communications da Ryanair, apontando a “sua vasta experiência profissional”. “Os nossos parceiros em Espanha e Portugal estarão, a partir de agora, em contacto com a Susana à medida que implementamos várias melhorias na nossa política ambiental e de serviço ao cliente. Tudo isto enquanto baixámos as nossas tarifas, expandimos a nossa rede de rotas e impulsionámos o turismo em toda a Europa”, refere a mesma responsável. Susana Brito concedeu uma entrevista ao “Diário dos Açores”, num pré-balanço destes cinco anos em que a Ryanair opera neste arquipélago.
Daqui a poucas semanas assinalam-se os cinco anos da liberalização aérea nos Açores e consequente início da operação da Ryanair em Ponta Delgada. É possível fazer um balanço do que tem sido esta operação ao longo destes anos?
O balanço é muito positivo. A Ryanair iniciou as operações em Ponta Delgada em 2015, desde então, já transportou cerca de 2 milhões de passageiros. Além da base de Ponta Delgada, a Ryanair opera no aeroporto da Terceira, Lajes, desde 2016.
A Ryanair tem desempenhado um papel determinante no desenvolvimento do turismo dos Açores, na conectividade da região e na criação de postos de trabalho, aproximando milhares de turistas nacionais e internacionais e dando visibilidade a este paraíso no meio do oceano Atlântico.
Na Ryanair esperamos fechar o ano fiscal (Abril 2019 – Março 2020) com 410.000 passageiros transportados em Ponta Delgada e 105.000 no aeroporto das Lajes.
A Ryanair tem feito publicidade do destino Açores nas suas páginas, incluindo, como há relativamente pouco tempo, outras ilhas onde não opera, como é o caso do Pico. A Ryanair pondera voar para mais alguma ilha, sem ser apenas S. Miguel e Terceira?
Portugal é um mercado-chave para a Ryanair. Actualmente possuímos 20% de ‘market share’, e continuaremos empenhados em aumentar a nossa posição no país. Neste sentido, não descartamos a possibilidade de operar em mais aeroportos portugueses no futuro.
Enquanto destino turístico, quais as reacções que a Ryanair tem sentido dos seus passageiros relativamente aos Açores?
As reacções são fantásticas. O arquipélago dos Açores é sinónimo de beleza, e muitos dos clientes da Ryanair optam por conhecer várias ilhas durante a sua viagem, desfrutando de todas as maravilhas deste destino mágico e de tudo aquilo que a região tem para oferecer.
É um destino com uma extraordinária diversidade natural e de oferta de actividades para todos os gostos, idades ou ocasiões, que cativa e surpreende tanto os clientes que viajam desde o continente como os turistas internacionais.
Recentemente anunciámos o Top 10 de destinos a visitar em 2020, e Ponta Delgada foi eleita o melhor destino europeu para visitar em 2020, entre os mais de 240 destinos europeus da Ryanair, demonstrando uma vez mais todo o potencial da região.
A Ryanair fez questão de criar uma base em Ponta Delgada. Isso implica quantos postos de trabalho até agora?
A base da Ryanair em Ponta Delgada implica cerca de 30 empregos directos e mais de 300 postos de trabalho indirectos.
A Ryanair recebe alguma compensação financeira do Governo dos Açores para voar para este destino?
A Ryanair não recebe compensações financeiras. Negociamos acordos comerciais com aeroportos e instituições, e estes acordos cumprem integralmente com as regras da concorrência.
A Ryanair pondera aumentar o número de voos para os Açores a partir do continente e outros destinos ou não há mercado para mais?
No próximo Verão, a Ryanair vai operar quatro rotas desde a base de Ponta Delgada, conectando a ilha com Lisboa, Porto, Londres Stansted e Frankfurt-Hann.
Nas Lajes, o nosso mapa de rotas contará com um total de três destinos, e introduzimos Londres Stansted como a novidade da temporada.
A nova rota vai estar disponível desde 1 de Abril com uma frequência semanal e reforçará a conectividade com o Reino Unido, um dos mercados estratégicos do turismo dos Açores.
Por outro lado, devido aos atrasos na entrega do Boeing 737 Max fomos forçados a reduzir algumas bases menos rentáveis e/ou reduzir rotas na nossa rede europeia, pelo que o crescimento do grupo será mais moderado em 2020.
O 737 Max é uma aeronave fantástica que, sem dúvida, desempenhará um papel fundamental num momento em que todas as companhias aéreas procuram operar com modelos mais eficientes.
Este novo modelo oferece 4% mais de lugares e é 16% mais eficiente no consumo de combustível.
A nova frota permitirá ao Grupo Ryanair reduzir ainda mais as tarifas e aumentar o tráfego total para 200 milhões de passageiros até ao exercício fiscal de 2025.
A easyJet ameaça sair da Madeira por causa das novas condições do subsídio de mobilidade. Estando o mesmo subsídio para os Açores à espera de ser alterado, teme que haja também condições que possam afectar no futuro a presença da Ryanair nesta região?
É uma matéria que a Ryanair de- verá analisar no devido tempo.
Diário dos Açores
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