Comunidade

Botas exclusivas do CR7 em exposição em Toronto

No ano em que se comemoram os 600 anos da descoberta do arquipélago, a Casa da Madeira de Toronto organizou a sua 32.ª Semana Cultural. E como não podia deixar de ser, não faltou o bolo da Madeira e a célebre poncha.

Manuel de Oliveira é chef de sala da Casa da Madeira e preparou uma poncha de maracujá para a nossa reportagem. “A bebida original da Madeira é a poncha à pescador que era feita com sumo de limão, açúcar e aguardente, mas com o passar do tempo fomos inovando e diversificámos os sabores. A poncha de maracujá é feita com concentrado de fruta, mel e aguardente, que neste caso vamos substituir por vodka. Mexemos tudo até criar espuma e depois é só servir”, contou.

O Museu CR7 cedeu à coletividade uma t-shirt autografada e umas botas exclusivas que Cristiano Ronaldo usou na última Taça das Confederações. Em declarações ao Milénio Stadium, o Conselheiro Permanente das Comunidades Madeirenses no Canadá, José Rodrigues, revelou que existiu um problema com a camisola do CR7. “A Nike fez estas botas só para o Ronaldo para comemorar a Bola de Ouro 2016 e nós somos a única comunidade madeirense na diáspora que tem o privilégio de ter algo deste género na sua posse. Infelizmente não sabemos do paradeiro da camisola que o CR7 utilizou num jogo oficial de Portugal e que foi cedida pelo museu CR7 à Casa da Madeira de Toronto”, argumentou.

No “cantinho do conselheiro” há destaque para a informação sobre a Laurissilva, o Mercado dos Lavradores e algumas das maiores festas da ilha que já foi visitada por referências mundiais como Winston Churchill. “A Secretaria Regional da Educação enviou-me algumas brochuras que estão expostas naquilo a que chamo o cantinho do conselheiro. Temos também um livro interessantíssimo que fala dos ilustres visitantes da Madeira, nomeadamente Amália Rodrigues, António de Oliveira Salazar, António Nobre e membros da realeza europeia”, adiantou.

O presidente da Casa da Madeira de Toronto, Luís Bettencourt, mostrou-se satisfeito com a adesão do público à Semana Cultural e disse que gostava de revitalizar o Madeira Park e remodelar o salão do clube.

Nos últimos meses a comunidade tem vivido dias difíceis com a crise na Venezuela, que já obrigou mais de seis mil madeirenses a regressar à ilha. “Nasci na Madeira e emigrei para a Venezuela com 13 anos. Estou no Canadá há 48 anos e sempre estive envolvido com a Casa da Madeira. Vivi cinco anos na Venezuela e é completamente lamentável que um país tão rico esteja a ser governado por um ditador”, partilhou Salomé Gonçalves, atual presidente da Assembleia Geral.

Em abril um acidente com um autocarro matou 30 turistas na Madeira, a notícia correu o mundo e poderá afetar o setor do turismo, um dos que mais contribui para a economia da ilha. Jaime Martins é natural do Caniço (Santa Cruz) e apesar de residir no Canadá ficou perturbado quando soube. “Nasci nesta área e conheço bem a rua onde o autocarro capotou. Tenho um apartamento que fica a cerca de meio quilómetro do local do acidente e fiquei muito triste”, afirmou.

A Semana Cultural Madeirense encerrou com os Karma Band e a 25 de maio o clube completa 56 primaveras.

Joana Leal

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