Coreia do Norte deu as boas-vindas a Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está na Coreia do Norte e foi homenageado, neste segundo dia de visita, com uma imponente cerimónia na praça principal da capital, Pyongyang. Dezenas de milhares de pessoas assistiram ao momento e deram as boas-vindas ao chefe de Estado com rosas e balões.
O que se sabe da visita de Putin à Coreia do Norte
O que resultou da visita?
Naquela que foi a primeira visita à Coreia do Norte desde 2000, o presidente da Rússia assinou com o líder do país um acordo de parceria estratégica, mas o conteúdo não foi divulgado. Kim Jong-un disse que as relações entre os dois países estão “a entrar numa nova era de grande prosperidade”.
O que se pretende com o acordo?
O pacto foi descrito como “pacífico e defensivo”. Segundo Vladimir Putin, o acordo não exclui “a prestação de assistência mútua em caso de agressão” contra um dos países signatários. Kim descreveu Putin como “o amigo mais querido do povo coreano” e acrescentou que os dois países vão alargar a cooperação nas áreas militar, da política e da economia.
Falou-se da guerra?
À chegada a Pyongyang, uma das primeiras afirmações de Vladimir Putin tornadas públicas foi relativa à Ucrânia: “Apreciamos muito o seu apoio sistemático e permanente à política russa, incluindo no que se refere à questão ucraniana”.
Reforço militar em vista?
O Ocidente receia um reforço da cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang, que, segundo os Estados Unidos, já fornece munições e mísseis ao exército russo para a guerra contra a Ucrânia. Também a Coreia do Sul anunciou há dias ter identificado dez mil contentores enviados da Coreia do Norte para a Rússia, acreditando que levavam munições de artilharia e outras armas.
E as sanções económicas?
Recentemente, os Estados Unidos afirmaram que a Rússia tem enviado petróleo refinado para a Coreia do Norte em quantidades que, alegadamente, excedem o limite imposto pelas sanções da ONU. Como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia tem barrado o agravar das sanções.
O que se passa no Pacífico?
No primeiro dia da visita, a Rússia anunciou ter começado manobras militares no Pacífico, que vão prolongar-se até 28 deste mês. Os exercícios envolvem 40 navios, lanchas e outras embarcações, assim como 20 aviões e helicópteros, nas águas do Pacífico, do Mar do Japão e do Mar de Okhotsk, no Extremo Oriente russo.
JN/MS
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