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Marcelo Rebelo de Sousa: O Presidente dos afetos está no Canadá!

marcelo rebelo montreal - Milenio stadium

 

Vai ficar para a história como o Presidente dos afetos, do toque e da proximidade. Aliás, a sua extraordinária capacidade de comunicar, de estabelecer pontes e criar uma conexão genuína com os cidadãos tem sido um dos pilares do seu sucesso político.

A comunicação é uma ferramenta essencial para qualquer líder político e Marcelo Rebelo de Sousa entende isso perfeitamente. Desde cedo, o Professor Marcelo utilizou os diferentes meios de comunicação para se aproximar das pessoas. Foi o precursor do comentário político em Portugal, primeiro na rádio e depois na televisão, onde se tornou um fenómeno de popularidade. Durante anos, teve uma larguíssima janela de projeção mediática com as suas aparições na TV, ao domingo à noite, onde fazia a análise política da semana. Com a sua forma peculiar de se expressar, com uma linguagem acessível e sua abordagem clara de assuntos algo complexos Marcelo era compreendido por todos os estratos sociais, que o viam entrar nas suas casas, todas as semanas. Passou a ser uma referência para muitos, alguém em quem os portugueses começaram a confiar. Era quase uma pessoa da casa, da família de cada um.

Em 2016, foi eleito pela primeira vez Presidente da República portuguesa e, de novo, a comunicação eficaz desempenha um papel importante na construção da sua imagem pública. Uma imagem positiva que sempre contribuiu para fortalecer a sua liderança política, que nunca deixou de estar “em alta”. Além disso, as suas visitas regulares a diferentes regiões do país, onde interage diretamente com as pessoas, que abraça, beija e com quem tira as famosas selfies, sem se esquecer de ouvir as suas necessidades e angústias, fazem com que o Presidente da República seja visto como alguém próximo do povo, alguém que se importa genuinamente com suas preocupações e luta pelos seus interesses. Essa imagem positiva tem contribuído muito para fortalecer a sua liderança política. E hoje é inquestionável para a esmagadora maioria dos portugueses que, como chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa tem sido fundamental na promoção da unidade e da estabilidade no país.
Conhecido pela sua mente de exceção, com uma capacidade de raciocínio fulgurante, Marcelo tem um ritmo de trabalho acelerado e eficaz e que, de certo modo, contagia quem com ele trabalha. Há uma outra marca de personalidade que quem convive com o Presidente lhe reconhece – o seu dinamismo é, normalmente, acompanhado por boa disposição, o que gera um bom ambiente. É agradável trabalhar com Marcelo, asseguram. Parece ser tudo excessivo na sua maneira de estar e de ser, desde a sua energia, à forma efusiva como cumprimenta – seja um outro chefe de Estado, seja o Papa, seja um português que com ele se cruze… só é “contido” nas horas de sono – é há muito sabido que Marcelo Rebelo de Sousa não perde muito tempo a dormir. Quatro, cinco horas por noite chegam-lhe para repor as energias.

Marcelo, o Professor

Filho de Baltazar Rebelo de Sousa, médico, e de Maria das Neves Fernandes Duarte, assistente social, Marcelo Rebelo de Sousa cresceu em Lisboa e foi sempre um aluno brilhante, concluindo os estudos no Liceu Pedro Nunes, em 1966, com média de 19 valores, a mesma classificação com que se licenciou em Direito, em 1971, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Terminou o mestrado em 1972 e, mais tarde, o doutoramento em Ciências Jurídico-Políticas, em 1984, com uma tese intitulada “Os partidos políticos no direito constitucional Português”. Deu aulas na Faculdade de Direito de Lisboa desde o ano letivo 1972/73 e tornou-se professor catedrático em 1992. Ensinou também noutras faculdades e em países lusófonos e foi jurisconsulto. Excetuando breves interrupções, quando foi deputado constituinte e quando exerceu funções governativas, manteve a atividade docente em paralelo com a política e com o comentário na comunicação social, até assumir o cargo de Presidente da República, jubilando-se ao cumprir 70 anos.

Marcelo Rebelo de Sousa e a Emigração

Como todos bem sabemos, a emigração é um fenómeno que tem marcado a História de Portugal ao longo dos séculos. Milhares de portugueses têm deixado o país em busca de melhores oportunidades de vida, seja por motivos económicos, políticos ou sociais. Nesse contexto, Marcelo Rebelo de Sousa tem desempenhado um papel importante como Presidente da República Portuguesa, mostrando-se sempre atento e próximo de quem vive fora das fronteiras portuguesas, reconhecendo a importância dos laços culturais e afetivos que os emigrantes mantêm com Portugal, incentivando-os a manterem as suas raízes vivas.
Recentemente, Marcelo Rebelo de Sousa assumiu uma posição pública relativamente ao diploma aprovado no Parlamento português que altera a composição, organização e funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas. O Presidente considerou, numa nota divulgada pela Presidência da República, que o diploma fica “longe do que dele se poderia esperar” e constitui, “uma oportunidade largamente desperdiçada”. Apesar de considerar que há alguma evolução positiva, o Presidente classificou de tímidas as inovações introduzidas. No entanto, promulgou o diploma porque preferiu “não punir os nossos concidadãos espalhados pelo mundo, heróis do dia a dia, e que tanto esperaram e esperam por maior reconhecimento nacional”. A nota continua com uma explicação mais pormenorizada sobre a tomada de posição do Presidente – “o diploma fica longe do que dele se poderia esperar, trinta anos depois da criação do Conselho e tendo mudado tanto, como mudaram, as Comunidades e as suas variadas formas de acompanhar a evolução dos tempos. Fica longe, porque deveria ser um diploma de consenso nacional e não o foi no Parlamento. Fica longe, no número de conselheiros, na recusa do ensaio do voto eletrónico, na definição imediata de meios mais ambiciosos de ação, no relacionamento com novas ou renovadas estruturas nas Comunidades”. Assim, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, este documento traduz-se numa “oportunidade largamente desperdiçada”, que explica “a posição negativa unânime dos membros do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas. Ainda assim, entre maior espírito reformista a prazo incerto e os passos limitados dados desde já, parece realista concretizar estes passos, não desistindo de apelar a maior ambição no futuro”, concluiu o chefe de Estado.

Marcelo no Canadá

A comunidade portuguesa residente no Canadá acolhe por estes dias o Presidente da República portuguesa. A visita ficará com toda a certeza na história dos portugueses, lusodescendentes ou luso-canadianos, que há 70 anos começaram a desbravar caminhos de integração numa sociedade desconhecida, mas que se revelou muito acolhedora. A história dos portugueses aqui residentes está, aliás, bem patente na exposição “Movimento Perpétuo: The Portuguese Diaspora in Canada”, que estará no Toronto Metro Hall, entre os dias 11 e 22 de setembro, e será oficialmente inaugurada pelo Presidente da República. Para além disso, o Presidente estará também num dos momentos mais altos da história da comunidade portuguesa –o lançamento da primeira pedra do Magellan Community Centre, que acontecerá no sábado, dia 16 de setembro, ao meio-dia.

Madalena Balça/MS

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