Portugal

Esquadra de F16M faz escolta ao Papa durante as JMJ

Esquadra de F16M faz
Créditos: Paulo Cunha/Lusa

 

Uma esquadra de F16, constituída por mais de dois aviões, assegurará a escolta do helicóptero em que o Papa será transportado, durante a sua deslocação em Portugal, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

A informação foi facultada esta manhã aos jornalistas pelo tenente-coronel José Dias, comandante do Grupo Operacional 51 na Base Aérea nº 5, em Monte Real, Leiria.

“Vamos ser um dos garantes da soberania do espaço aéreo, tal como somos todos os dias do ano”, afirma José Dias. “Sempre que Sua Santidade andar a sobrevoar vai estar acompanhado por nós”, precisa. “Paralelamente a isso, vamos manter uma postura de alerta no chão e em voo, durante as atividades, para estarmos prontos para resolver a qualquer eventualidade.”

Embora não revele quantos F16M farão a escolta do Papa, por questões de segurança, o comandante do Grupo Operacional 51 na BA5 garante que o dispositivo que está sempre em alerta, constituído por “duas aeronaves prontas para descolar, de noite ou de dia, faça chuva ou faça sol”, vai ser reforçado, tendo em conta as “vicissitudes da alta entidade e os milhões de pessoas que vão visitar Portugal”, entre os dias 2 e 5 de agosto.

A 10 minutos de Lisboa

Apesar de os F16M conseguirem percorrer a distância entre Monte Real e Lisboa “em menos de dez minutos”, uma vez que viajam a uma velocidade duas vezes superior à velocidade do som, José Dias diz que “não está fora da equação operar a partir de outras bases, se assim for necessário”. Contudo, esclarece que a BA5 é a base primária da operação. “É aqui que temos todas as condições.”

O tenente-coronel garante que esta missão está a ser encarada com “serenidade”, apesar de envolver uma “alta individualidade com muita visibilidade”. “Estamos no epicentro das atenções, porque o mundo está a acompanhar. Mas não vamos fazer as coisas de forma diferente por causa disso”, explica. “O nosso dia a dia é pensado, treinado e executado nestas missões”, justifica.

José Dias diz que qualquer piloto está em condições de cumprir esta missão, desde que tenha cumprido o plano de treinos e saiba operar os F16 como um sistema de armas. Cada avião pode levar três munições em cada asa: um míssil e bombas guiadas por GPS ou por laser, em função das necessidades. “Já participámos em várias missões reais, mas felizmente, até agora nunca, foi preciso empregar armamento. O grande objetivo é não termos de o fazer”, revelou ao JN.

Os F16M da BA5 acompanharam a evolução tecnológica nos últimos 30 anos, que se assinalam em 2024, pelo que estão “todos padronizados”. “Não somos o melhor F16 do mercado, mas também não somos o pior. Andamos na Liga dos Campeões dos F16”, assegura o comandante do Grupo Operacional 51, que poderá ser um dos pilotos envolvido na missão da JMJ. A coordenação será feita entre todos os meios de segurança.

“Temos capacidade de resposta para aquilo que consideramos ser a ameaça provável, no chão e em voo, mas não temos capacidade para estar eternamente a empregar armamento, porque os recursos são finitos”, esclarece ao JN José Dias “Mas estamos prontos para responder àquilo que consideramos que possa vir a acontecer.” Os F16M têm uma autonomia de voo de cerca de duas horas, mas podem ser abastecidos no ar.

JN/MS

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