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Portugal – Mundo na Mesa

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A ligação de Portugal ao bacalhau vem de longe, apesar deste peixe não se encontrar no mar português. Para o pescar, os navios bacalhoeiros, carregados de corajosos homens partiam da costa portuguesa em direção às águas frias do Atlântico Norte (junto à Terra Nova – Canadá).

A técnica de conservação (depois de amanhado era guardado em barricas de sal grosso), foi uma preciosa ajuda para transportar o pescado, em condições para ser consumido mais tarde, depois de uma viagem longa, e conferiu a este peixe que os países nórdicos já consumiam depois de seco ao sol, uma marca de diferença que perdura até hoje. Tornou-se um dos peixes mais apreciados em território nacional, e aguçou a criatividade gastronómica portuguesa, criando inúmeras receitas que passaram a fazer parte do menu nacional e que projetam Portugal em todo o mundo.

Quem conhece os portugueses e os seus hábitos alimentares sabe que não há mês de junho sem sardinhas a pingar no pão ou broa. O cheiro intenso da sardinha assada na brasa espalha-se e leva a nossa marca cultural para todos os sítios onde se encontre um português. Em Portugal, a sardinha alimentava inúmeras famílias rurais, que tinham o costume de assá-las inteiras na brasa e, às vezes, passá-la sobre o pão, para absorver o sabor e saciar a fome em épocas mais escassas de alimento.

Se há algo que também nos distingue é a tendência para adoçar a boca – a nossa e a de quem nos visita. Não nos falta oferta de doçaria – daquela bem doce, mesmo – cuja origem se perde no tempo e nos claustros dos muitos conventos que polvilhavam Portugal! Mas há hoje uma superstar na doçaria portuguesa que já conquistou um lugar cimeiro à escala mundial – o pastel de nata. É sem dúvida um dos maiores embaixadores da cultura gastronómica portuguesa, principalmente depois de ter sido considerado o melhor bolo do mundo pelo guia Taste Atlas.

E quando se fala de bebida – o que nos distingue? Claramente o Vinho do Porto. O que torna o vinho do Porto diferente dos restantes vinhos, além do clima único da região do Douro, é o facto de a fermentação do vinho não ser completa, sendo parada numa fase inicial, através da adição de uma aguardente vínica neutra. Assim o vinho do Porto é um vinho naturalmente doce e mais forte do que os restantes vinhos (entre 19 e 22º de álcool). Mas há também a Ginjinha que encanta os turistas que visitam Lisboa e degustam este licor único obtido a partir da maceração da ginja, similar à cereja, muito popular em Portugal, especialmente em Lisboa, em Óbidos, em Alcobaça e no Algarve. É costume servi-la com a fruta curtida no fundo do copo, ou seja, “com elas”, mas também pode beber “sem elas”.

Madalena Balça/MS

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