Espanha – Mundo na Mesa

Não sei se vos acontece o mesmo, mas para mim Espanha e a sua gastronomia estão indelevelmente ligadas a Tapas e Paelha à Valenciana. “Tapear” é uma tradição bem espanhola que diz muito da sua forma de viver a vida. Ao fim do dia, muitas vezes antes de irem para casa, é vulgar para os espanhóis, parar numa esplanada pedir uma bebida e umas Tapas a acompanhar. Podem ser calamares ou Jamón, ou seja, presunto finamente fatiado, ou outras mais complexas e mais gourmet. Hoje as Tapas encontram-se um pouco por todo o mundo, remetendo-nos sempre para o país dos “Olé”.

Quanto à Paelha, a receita original é de Valência e nasceu nos séculos XV e XVI. Era produzida por camponeses da região que saiam para trabalhar e levavam alimentos para cozinhar numa panela rasa e redonda apelidada de “paella”. A Paelha à Valenciana é feita com arroz, açafrão, especiarias, legumes, carne e peixe e hoje é uma indiscutível marca da gastronomia espanhola no mundo.
Tudo isto pode ser acompanhado com uma refrescante sangria de vinho tinto. Originária do sul da Península Ibérica, mais precisamente da região de Andaluzia, esta é uma bebida que teve origem em comunidades humildes, mas com o passar dos anos, passou a ser apreciada por diferentes classes sociais, e até ganhou status de bebida internacional. A sangria possui como base o vinho tinto seco, com a intenção de remeter para o “Sangre del Toro” – (Sangue do touro), por ser muito apreciada durante as touradas.
Como sobremesa… como resistir a uns churros? Os palitinhos dourados, crocantes, mas tenros por dentro, segundo os espanhóis, foram inventados por pastores de ovelhas e cabras que, no alto das colinas, não tinham acesso a ingredientes frescos, tampouco a um bom pão. Quanto ao nome pensa-se que faz menção aos chifres de uma raça de ovelha, criada na província de Castela e Leão – a churra.
Madalena Balça/MS