Portugal

Os capitães de Abril, Rui Guimarães e Manuel Franco Charais morreram

O antigo capitão de Abril Rui Guimarães morreu esta terça-feira, aos 80 anos, disse à Lusa o coordenador da Comissão Promotora de Homenagem aos Democratas de Braga.

Segundo Paulo Sousa, Rui Guimarães morreu no Hospital de Braga, vítima de doença prolongada. Natural de Guimarães, Rui Rolando Xavier de Castro Guimarães participou na Guerra Colonial, tendo cumprido três comissões em Angola e na Guiné.

A 25 de abril de 1974, era capitão no Regimento de Infantaria n.º 8 de Braga, onde fora eleito representante dos militares da Região Militar do Norte nas reuniões preparatórias no Movimento das Forças Armadas (MFA). Chegou, entretanto, a coronel.

Era membro da Comissão Promotora de Homenagem aos Democratas do Distrito de Braga e da Associação 25 de Abril.

Em nota publicada no Facebook, esta associação lembra que, “após a madrugada libertadora, Rui Guimarães manteve-se um Capitão de Abril de corpo inteiro, nunca abdicando de se envolver a fundo nas ações que permitiram ao MFA cumprir todas as promessas e compromissos assumidos, assim consolidando um Estado democrático e de Direito em Portugal”.

“Ficam mais pobres os seus familiares, os seus amigos, os seus camaradas capitães de Abril, mas também fica mais pobre Portugal, ao ver partir outro dos seus melhores”, refere a nota, assinada por Vasco Lourenço.

Manuel Franco Charais, à esquerda, tinha 93 anos. Arquivo Global Imagens

Também hoje, morreu o antigo capitão de Abril Manuel Franco Charais, aos 93 anos, indicou a sua mulher, Stela Barreto, numa publicação nas redes sociais. Tenente-general do Exército já reformado, Manuel Ribeiro Franco Charais nasceu no Porto, em Cedofeita, a 24 de fevereiro de 1931.

Militar de Abril, Franco Charais colaborou na redação do programa do Movimento das Forças Armadas e, entre 1974 e 1982, integrou a Comissão Coordenadora do MFA, Conselho de Estado, Conselho de Revolução e comandou a Região Militar do Centro.

Desempenhou missões militares em Portugal Continental, Açores, Madeira, Angola e Moçambique. Foi condecorado com a Grã-cruz da Ordem da Liberdade, Medalha de Ouro de Serviços Distintos com Palma e Grau de Cavaleiro da Ordem de Aviz.

Durante 14 anos desenvolveu um projeto de cooperação técnica com Angola, Moçambique, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe.

Pintor autodidata, dedicava-se atualmente por inteiro às artes plásticas, tendo participado, conjuntamente com a sua mulher, em exposições por várias cidades portuguesas e também em Espanha, Alemanha, Áustria e França.

JN/MS

 

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