As autoridades norte-americanas aplicaram uma multa – a primeira do género – a uma operadora de televisão por satélite por ter abandonado resíduos no espaço, anunciou o regulador norte-americano das telecomunicações.
A operadora Dish foi multada em 150 mil dólares (142.440 euros) por não ter “retirado adequadamente de órbita” um satélite denominado EchoStar-7, em órbita desde 2002, segundo um comunicado da Comissão Federal de Comunicações (FCC), divulgado esta terça-feira.
Segundo a FCC, a Dish não respeitou a altitude acordada com a Comissão para colocar o seu satélite geoestacionário, que estava a chegar ao fim da sua vida útil, o que pode “criar problemas com detritos orbitais”.
No entanto, com a queda nos níveis de combustível, a empresa limitou-se a elevar o satélite a uma altitude de pouco mais de 120 km acima da sua trajetória.
O responsável classificou esta decisão como “um avanço”, com o qual a FCC mostra “muito claramente” a sua autoridade e “a sua capacidade de impor as suas regras vitais sobre resíduos espaciais”.
Em causa está meio milhão de detritos do tamanho de um berlinde e cem milhões que medem cerca de um milímetro, segundo uma agência especializada da ONU que alerta que estes detritos são potencialmente perigosos para as naves espaciais.
Um satélite chinês foi atingido no início de 2022 por destroços de um satélite russo destruído no ano anterior durante um incidente “extremamente perigoso”, segundo Pequim.
Dos 14 mil satélites em órbita, cerca de 35% foram lançados nos últimos três anos e outros 100 mil deverão ser lançados na próxima década, segundo a ONU.
Redes Sociais - Comentários