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Investigados negócios de 35 milhões com 17 jogadores no F. C. Porto

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Ministério Público suspeita que presidente dos azuis e brancos delineou esquema com o filho e o empresário Pedro Pinho para ficar com parte das comissões pagas nas transferências de futebolistas

O Ministério Público (MP) suspeita que o presidente do F. C. Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, delineou com o filho Alexandre Pinto da Costa e com o empresário de jogadores Pedro Pinho um esquema para arrecadar parte das comissões pagas pela SAD azul e branca na compra e venda de futebolistas. Os procuradores acreditam que o plano foi engendrado, pelo menos, desde 2012 e envolveu, até ao ano passado, negócios com 17 jogadores e cerca de 35 milhões de euros pagos em despesas de intermediação.

Muito deste dinheiro, dizem os magistrados Rosário Teixeira e Joana César de Campos, foi parar às contas pessoais do líder portista, do filho e ainda de agentes, como Pedro Pinho e José Fouto Galvan, que funcionaram como testas de ferro dos dirigentes da F. C. Porto SAD. A Doyen também é citada no documento judicial.

Para o MP, apurou o JN, estão em causa “esquemas de fraude”, que envolviam o empolamento das comissões pagas em negócios de compra e venda de jogadores para o F. C. Porto. Parte desses montantes, que na totalidade ultrapassam os 35 milhões de euros em nove anos, eram liquidados pela F. C. Porto SAD sem que os empresários tivessem qualquer intervenção nos negócios.

O objetivo, segundo o MP, era só um: justificar a saída de dinheiro dos cofres da SAD portista que, após passar pelas empresas detidas por Alexandre Pinto da Costa, Pedro Pinho e José Fouto Galvan, iam parar à esfera pessoal de Jorge Nuno Pinto da Costa e outros dirigentes.

A venda de Fábio Silva aos ingleses do Wolverhampton (que motivou o pagamento de dez milhões de euros em despesas de intermediação) ou de Ricardo Pereira ao Leicester foram duas das transferências que levantaram suspeitas. O processo, batizado como “Cartão Vermelho” e coordenado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), tem debaixo de olho, também, a compra do guarda-redes Marchesin ou do central Marcano.

“Calúnia e mentira”, garante Pinto da Costa

Na noite desta segunda-feira, durante a cerimónia dos Dragões de Ouro, Jorge Nuno Pinto da Costa avançou, sem se referir diretamente às buscas ordenadas pelo DCIAP, que irá esclarecer a “calúnia e mentira” salientadas durante a operação Cartão Vermelho. “Continuo a sonhar e tenho a certeza que Deus me permitirá isso: ter tempo de provar, no sítio certo, a orquestração de certa comunicação social, de calúnia e mentira, para me afrontar a mim, ao F. C. Porto e aos meus amigos”, declarou.

Pinto da Costa garante que ainda vai ter tempo de provar a sua inocência. “Estou certo de que ainda vou ter tempo de demonstrar aquilo que sempre fui e que os meus pais me ensinaram a ser: uma pessoa séria e honrada, sem ter nada que se lhe diga. E a obra continuará a crescer sempre, comigo e com quem vier, porque o F. C. Porto é eterno”, frisou.

JN/MS

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