Portugal

Milhares de euros de prejuízos em assalto à igreja de Vila do Conde

Foto: André Rolo / Global Imagens

Ladrões levaram cerca de quatro mil euros em dinheiro e causaram muitos estragos em lampadários, cofres e caixas de esmolas da igreja Matriz de Vila do Conde. O prior Paulo César Dias estima que os prejuízos ascendam a dez mil euros.

“As portas foram todas rebentadas, os ferros cortados com maquinaria pesada, tudo que era fechadura foi estroncada, até o cofre grande (onde conseguimos andar lá dentro) foi cortado”, explicou, ao JN, o pároco.

Os assaltantes entraram pela porta das traseiras, que dá acesso à sacristia. Estroncaram armários e gavetas, destruíram lampadários, caixas de esmolas e cofres e levaram todo o dinheiro de velas e esmolas. Tudo indica que conheciam bem o espaço e chegaram mesmo a tapar as janelas para que a luz no interior do templo a meio da noite não alertasse ninguém.

“Fica claro que não se tratou de um assalto de gente aprendiz. Vinham preparados para tudo e traziam maquinaria – o que se vê bem pelos cortes do cofre e das fechaduras. É gente mais ou menos profissional”, continuou a contar Paulo César Dias.

O assalto aconteceu de terça para quarta-feira. Na terça terminaram oficialmente as festas de S. João. Houve missa solene às 19 horas, com a transferência da imagem de S. João do andor para o altar-mor. O sacristão foi o último a sair às 22.30 horas. Na manhã seguinte, às 7.30 horas, o cenário era “desolador”.

“Todas as gavetas foram rebentadas, todos os armários, havia toalhas e paramentos pelo chão, envelopes, não houve sítio onde não tivessem vasculhado”, explicou o prior.

Em dinheiro, estima pelas contas de anos anteriores, terão levado cerca de quatro mil euros. Entre o dia 28 e 2 de julho, como eram os últimos dias das festas, o dinheiro foi deixado nas caixas de esmolas (que até ali eram levantadas de dois em dois dias). Iriam ao banco precisamente naquela manhã.

Ao valor em dinheiro, juntam-se os prejuízos: “Só os três lampadários – e um deles está mesmo todo partido – custam entre 1500 e 2000 euros cada um. Não sei ainda o que será possível recuperar, mas, tudo junto, temos dez a 15 mil euros de prejuízos”, avalia.

Sentimento de impotência

“O que mais me custa é este sentimento de impotência e de termos sido violentados na nossa casa”, frisou ainda o pároco, agradecendo à autarquia ter, desde o assalto, assegurado a segurança 24 horas por dia até que todas as portas sejam devidamente reparadas. A Câmara de Vila do Conde disponibilizou ainda pessoal da manutenção e uma empresa especializada para começar a reparar portas e fechaduras.

Paulo César não tem dúvidas de que se tratou de gente que sabia que era o último dia das festas e não descarta a hipótese de, tendo havido um assalto dois dias antes em duas igrejas de Espinho, se tratar de um grupo organizado que se dedica a assaltar igrejas depois de festas religiosas. O prior diz que é preciso pensar que aquele é um monumento nacional e reforçar os sistemas de segurança.

A PSP está, agora, a investigar o caso.

JN/MS

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