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China avança com proposta de paz com 12 pontos

Chinese President Xi Jinping adresses CPC Spring festival reception
epa10419696 Chinese President Xi Jinping, general secretary of the Communist Party of China (CPC) Central Committee and chairman of the Central Military Commission, delivers a speech at a Spring Festival reception at the Great Hall of the People in Beijing, China, 20 January 2023 (Issued 21 January). The Communist Party of China (CPC) Central Committee and the State Council held the reception on 20 January in Beijing. his year’s Spring Festival, or the Chinese Lunar New Year, falls on January 22. EPA/XINHUA / Li Xueren CHINA OUT / MANDATORY CREDIT EDITORIAL USE ONLY

 

A China apelou, esta sexta-feira, a um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia e defendeu que o diálogo é a única forma de alcançar uma solução viável para o conflito, numa proposta com 12 pontos.

O plano, divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, também pediu o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia, medidas para garantir a segurança das instalações nucleares, o estabelecimento de corredores humanitários para a evacuação de civis e ações para garantir a exportação de grãos, depois de interrupções no fornecimento terem causado o aumento dos preços a nível mundial.

O primeiro ponto destacou a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia. “O Direito internacional, universalmente reconhecido, incluindo os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, deve ser rigorosamente observado”, lê-se na proposta difundida pela diplomacia chinesa.

“A soberania, independência e integridade territorial de todos os países devem ser efetivamente preservadas”, apontou.

A China afirmou ser neutra no conflito, mas mantém uma relação “sem limites” com a Rússia e recusou-se a criticar a invasão da Ucrânia. Pequim acusou o Ocidente de provocar o conflito e “alimentar as chamas” ao fornecer à Ucrânia armas defensivas.

O Governo chinês apelou ao fim da “mentalidade da Guerra Fria” – um termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos Estados unidos.

“A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares”, afirma-se no documento, numa critica implícita ao alargamento da NATO. “Os legítimos interesses e preocupações de segurança de todos os países devem ser levados a sério e tratados adequadamente”, sublinha-se.

Pequim defendeu que todas as partes devem contribuir para “forjar uma arquitetura de segurança europeia equilibrada, eficaz e sustentável”.

E garantiu que “está disposta a desempenhar um papel construtivo”, mas apontou que “problemas complexos não têm soluções simples”.

Na quinta-feira, a China absteve-se quando a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução não vinculativa a pedir que a Rússia encerre as hostilidades na Ucrânia e retire as suas forças. A China é um dos 16 países que votaram contra ou abstiveram-se em quase todas as cinco resoluções anteriores sobre a Ucrânia.

A resolução, redigida pela Ucrânia em consulta com os seus aliados, foi aprovada por 141 votos a favor. Sete países votaram contra e 32 abstiveram-se. O documento constitui uma forte mensagem, na véspera do primeiro aniversário da invasão, e deixa a Rússia mais isolada do que nunca.

No entanto, Pequim considera a parceria com Moscovo fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, liderada pelos Estados Unidos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, reafirmou a importância dos laços com a Rússia durante um encontro com o Presidente russo, Vladimir Putin, esta semana, em Moscovo.

A China também foi acusada pelos EUA de estar possivelmente a preparar-se para fornecer apoio militar à Rússia.

Antes de a proposta de hoje ser difundida, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou-a um primeiro passo importante.

“Acho que, em geral, o facto de a China ter começado a falar em paz na Ucrânia não é mau”, disse, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro de Espanha. “É importante para nós que todos os Estados estejam do nosso lado, do lado da justiça”, acrescentou.

O Presidente chinês, Xi Jinping, expressou anteriormente “questões e preocupações” sobre o conflito, durante um encontro com Putin, e opôs-se abertamente ao uso e ameaça nuclear, após o homólogo russo ter sugerido o uso de armas atómicas na Ucrânia.

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