Faustino \u00e0 porta da sua barberia – Cr\u00e9ditos: DR.<\/figcaption><\/figure>\nLisboa \u2013 o trabalho, o casamento e o curso de cabeleireiro unisexo<\/b><\/p>\n
\u201cDepois vim para Lisboa, tinha 16\/17 anos. O meu falecido pai tinha um parente em Lisboa que vendia fruta por grosso. E trabalhava na Ribeira. Um dia, ele foi \u00e0 quinta do meu pai comprar laranjas e o meu pai pediu-lhe se ele arranjava trabalho para um filho. N\u00e3o era para mim, era para o meu irm\u00e3o mais novo, mas ele n\u00e3o quis ir e o meu pai perguntou-me se eu queria ir e eu fui. Quando cheguei a Lisboa fiquei empregado numa leitaria. E ia entregar o leite a casa dos fregueses e, de vez em quando encontrava uma rapariga e a gente brincava, n\u00e3o \u00e9? Sem maldade. Conheci a minha mulher depois de sair da tropa, nessa altura trabalhava no metropolitano e trabalhava como barbeiro nas horas vagas em Campo de Ourique e na C\u00e2mara Municipal de Lisboa (tamb\u00e9m como barbeiro). Depois dediquei-me \u00e0 profiss\u00e3o. Fui tirar um curso de cabeleireiro unissexo, em 1964. Sabe eu sempre gostei de subir escadas \u00e9 por isso que ando aqui \u00e0 rasca do joelho, porque gostava de subir, subir, subir\u2026 aquela gan\u00e2ncia de ser o melhor. Estive em Viena de \u00c1ustria e em Paris em concursos de cabeleireiros.\u201d<\/span><\/p>\n