{"id":87873,"date":"2021-11-22T09:10:34","date_gmt":"2021-11-22T14:10:34","guid":{"rendered":"https:\/\/mileniostadium.com\/?p=87873"},"modified":"2021-11-22T11:36:26","modified_gmt":"2021-11-22T16:36:26","slug":"assassinadas-23-mulheres-em-portugal-em-2021","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/mileniostadium.com\/blog\/assassinadas-23-mulheres-em-portugal-em-2021\/","title":{"rendered":"Assassinadas 23 mulheres em Portugal em 2021"},"content":{"rendered":"
\"Milenio<\/a>
Lisboa, 11\/01\/2016 – Decorreu hoje no Espa\u00e7o J\u00falia da PSP na entrada do Hospital dos Capuchos.
Reportagem sobre v\u00edtimas de viol\u00eancia dom\u00e9stica
(Orlando Almeida \/ Global Imagens)<\/figcaption><\/figure>\n

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O Observat\u00f3rio de Mulheres Assassinadas (OMA) contabilizou, entre 1 de janeiro e 15 de novembro deste ano, 23 mulheres mortas, 13 das quais no contexto de rela\u00e7\u00f5es de intimidade, segundo os dados preliminares divulgados esta segunda-feira, no Porto.<\/strong><\/p>\n

De acordo com os dados recolhidos pela OMA e pela UMAR – Uni\u00e3o das Mulheres Alternativa e Resposta, com base em not\u00edcias publicadas nos \u00f3rg\u00e3os de comunica\u00e7\u00e3o social, ocorreram, em Portugal, “13 femic\u00eddios nas rela\u00e7\u00f5es de intimidade” e 10 assassinatos, sete deles “em contexto familiar”, dois “em contexto de crime” e um “em contexto omisso”.<\/p>\n

No mesmo per\u00edodo de 2020, as duas entidades contabilizaram 30 mulheres mortas, 16 das quais em contexto de rela\u00e7\u00f5es de intimidade.<\/p>\n

At\u00e9 15 de novembro deste ano h\u00e1 ainda o registo de 50 tentativas de assassinato, 40 das quais em contexto de viol\u00eancia dom\u00e9stica.<\/p>\n

O relat\u00f3rio preliminar da OMA\/UMAR, apresentado em confer\u00eancia de imprensa realizada na Faculdade de Psicologia e de Ci\u00eancias da Educa\u00e7\u00e3o da Universidade do Porto, indica que 12 dos 13 femic\u00eddios (em contexto de viol\u00eancia dom\u00e9stica) registados entre 01 de janeiro e 15 de novembro deste ano, foram cometidos por homens (92%) e um por uma mulher (8%).<\/p>\n

O documento revela que, em oito dos 13 femic\u00eddios, “foi identificada viol\u00eancia pr\u00e9via” contra a v\u00edtima e em seis destes casos “j\u00e1 havia sido feita den\u00fancia anterior de viol\u00eancia dom\u00e9stica \u00e0s autoridades”.<\/p>\n

As oito mortes perpetradas em contexto de viol\u00eancia dom\u00e9stica aconteceram “em rela\u00e7\u00f5es de intimidade atuais (62%) e cinco em rela\u00e7\u00f5es passadas (31%).<\/p>\n

Em 62% dos femic\u00eddios (oito casos) nas rela\u00e7\u00f5es de intimidade havia informa\u00e7\u00e3o da exist\u00eancia de viol\u00eancia pr\u00e9via, sendo que em seis desses casos j\u00e1 havia sido feita uma den\u00fancia \u00e0s autoridades.<\/p>\n

“Em seis dos 13 femic\u00eddios tinha sido apresentada denuncia \u00e0s autoridades. Estas seis pessoas podiam ter sido salvas. Em tr\u00eas destas seis [mulheres] havia amea\u00e7as de morte. S\u00e3o situa\u00e7\u00f5es em que esta viol\u00eancia n\u00e3o \u00e9 levada a s\u00e9rio”, lamentou Maria Jos\u00e9 Magalh\u00e3es, da OMA, apesar de reconhecer os avan\u00e7os que o pa\u00eds tem feito nesta mat\u00e9ria.<\/p>\n

Em cinco casos, a v\u00edtima e o agressor “j\u00e1 estavam separados” \u00e0 data do crime, e em duas das mortes foi poss\u00edvel apurar que agressor e v\u00edtima “tinham filhas\/os em comum”.<\/p>\n

“\u00c9 not\u00f3rio que os mecanismos de controlo formal n\u00e3o foram suficientes para prevenir estes femic\u00eddios. Assim, \u00e9 fundamental um maior investimento na forma\u00e7\u00e3o especializada de profissionais e a implementa\u00e7\u00e3o c\u00e9lere de medidas para que possam efetivamente proteger as v\u00edtimas, nomeadamente atrav\u00e9s do afastamento do agressor”, defendem os respons\u00e1veis pela OMA\/UMAR.<\/p>\n

Cinco das mulheres assassinadas em contexto de viol\u00eancia dom\u00e9stica tinham entre 36 e 50 anos, quatro tinham entre 51 e 64 anos, duas mais de 65 anos, uma mulher tinha ente 24 e 35 anos e outra entre 18 e 23 anos.<\/p>\n

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O relat\u00f3rio preliminar refere que 46% destas v\u00edtimas estavam empregadas e 54% encontravam-se em “situa\u00e7\u00e3o laboral omissa” e sete das mulheres mortas tinham filhos\/as, em tr\u00eas dos casos com filhos menores.<\/p>\n

Cinco dos agressores tinham entre 51 e 64 anos, quatro entre 36 e 50 anos, dois deles mais de 65 anos, um entre 24 e 35 anos e outro entre 18 e 23 anos.<\/p>\n

Quanto \u00e0 situa\u00e7\u00e3o laboral dos agressores, 54% estavam empregados, 8% s\u00e3o reformados e 38% encontrava-se “em situa\u00e7\u00e3o laboral omissa”.<\/p>\n

A maior parte dos crimes (61%) ocorreu “na resid\u00eancia conjunta de v\u00edtima e agressor”.<\/p>\n

O OMA\/UMAR revelam ainda que nos primeiros 11 meses e meio deste ano houve 50 tentativas de assassinato, 40 das quais foram tentativas de femic\u00eddio: 36 em rela\u00e7\u00f5es de intimidade, tr\u00eas na sequ\u00eancia de viol\u00eancia sexual e uma tentativa no contexto “de trabalho sexual”.<\/p>\n

As outras 10 tentativas de assassinato aconteceram nos contextos familiar (5), de crimes (3), de crime de \u00f3dio (1) e em contexto de discuss\u00e3o pontual (1).<\/p>\n

JN<\/a>\/MS<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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