{"id":86121,"date":"2021-10-08T17:02:28","date_gmt":"2021-10-08T21:02:28","guid":{"rendered":"https:\/\/mileniostadium.com\/?p=86121"},"modified":"2021-10-08T17:02:28","modified_gmt":"2021-10-08T21:02:28","slug":"ninguem-e-uma-ilha","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/mileniostadium.com\/vida-vidas\/saude-bem-estar\/ninguem-e-uma-ilha\/","title":{"rendered":"Ningu\u00e9m \u00e9 uma ilha"},"content":{"rendered":"
\"Ningu\u00e9m
Cr\u00e9dito: DR.<\/figcaption><\/figure>\n

Hoje eu gostaria de traz\u00ea-los \u00e0 reflex\u00e3o de um tema que permeia todas as inst\u00e2ncias da nossa exist\u00eancia: os relacionamentos.\u00a0<\/span><\/b><\/p>\n

D<\/span>esde antes do nascimento, iniciamos rela\u00e7\u00f5es com aquela que nos dar\u00e1 \u00e0 luz. E, no momento em que o olhar da m\u00e3e recai sobre o rec\u00e9m-nascido, inicia-se ali o princ\u00edpio de todos os relacionamentos. A forma como olhamos e percebemos a n\u00f3s mesmos tem sua origem nesse momento. E vai se estruturando cada vez mais no contato com os demais membros do n\u00facleo familiar. Com o pai, os av\u00f3s, irm\u00e3os. Depois, com a escola, os grupos ou \u201ctribos\u201d, os colegas de trabalho. E, geralmente, se estende na busca por um companheiro(a) que poder\u00e1 atender ao instinto de sobreviv\u00eancia da esp\u00e9cie. Enfim, o Homem, como ser social, parece seguir uma trajet\u00f3ria em que est\u00e1 sempre ao lado e junto a uma comunidade. <\/span><\/p>\n

A partir de como foi a constru\u00e7\u00e3o desse caminho, poderemos ter maiores ou menores dificuldades de estabelecer relacionamentos benfazejos. Falando especificamente de relacionamentos amorosos, sabemos que, antes de mais nada, o ser humano pode alcan\u00e7ar um n\u00edvel de entendimento em que ele acredita n\u00e3o precisar se relacionar, que ele se basta, e tudo bem. Mas, sempre far\u00e1 parte de um grupo social que, de forma mais ou menos incisiva, \u00e9 interdependente.\u00a0 <\/span>Sabemos tamb\u00e9m o qu\u00e3o poderosa pode ser a uni\u00e3o de objetivos e prop\u00f3sitos entre duas pessoas. Quanto aprendizado e fortalecimento conquistamos ao formar uma parceria! No entanto, para chegar ao n\u00edvel de uma parceria, muita \u00e1gua precisa rolar debaixo da ponte! Afinal, cada pessoa carrega consigo a bagagem individual, o tal caminho constru\u00eddo desde o nascimento, a autoestima primordial ou a falta dela, e as consequ\u00eancias de todos os relacionamentos anteriores. Ao iniciar um novo relacionamento, temos a oportunidade de vivenciar experi\u00eancias poderosas de autoconhecimento e amadurecimento. <\/span><\/p>\n

Entramos em contato com as qualidades e car\u00eancias do outro e aprendemos, com isso, a nos conhecer melhor. Adotar certas pr\u00e1ticas de conviv\u00eancia nos ajuda a estabilizar a rela\u00e7\u00e3o. Por exemplo, estabelecer o di\u00e1logo como ferramenta indispens\u00e1vel na resolu\u00e7\u00e3o de problemas. Saber que haver\u00e1 problemas sim, pois s\u00e3o duas vis\u00f5es de mundo muitas vezes bastante diferentes uma da outra que est\u00e3o ali juntas tentando se equilibrar.\u00a0 <\/span>Entender que as diferen\u00e7as podem representar oportunidades de crescimento individual e para a rela\u00e7\u00e3o. <\/span><\/p>\n

Encarar a vida a dois como uma planta delicada que precisa de regas constantes com \u00e1gua de amor, aten\u00e7\u00e3o e paci\u00eancia. Com esses cuidados, \u00e9 poss\u00edvel alcan\u00e7ar um n\u00edvel de cumplicidade que nos garante que, num momento de fraqueza, o outro ir\u00e1 nos amparar. E vice-versa. Compreender que intimidade n\u00e3o significa retirar todos os filtros na comunica\u00e7\u00e3o com o outro. Que quanto mais eu me valorizo, mais possibilidade eu tenho de valorizar o outro. E que os amores rom\u00e2nticos s\u00e3o a porta de entrada para o desenvolvimento dos amores maduros, ou seja, existem fases relacionais que precisam ser conversadas, entendidas e vivenciadas. Ter esse tipo de compreens\u00e3o e conversar sobre, nos permite fortalecer e dar subst\u00e2ncia ao relacionamento evitando que ele se liquefa\u00e7a. Atualmente, com a facilidade dos descartes, \u00e9 mais f\u00e1cil deixar o amor ir pelo ralo do que empenhar-se em mant\u00ea-lo forte e concreto.<\/span><\/p>\n

A reflex\u00e3o \u00e9 bastante ampla e complexa e n\u00e3o permite conclus\u00f5es definitivas. Fiquemos com a ideia de que, entre o saber se bastar e compreender a import\u00e2ncia de ter um relacionamento, h\u00e1 um limiar que pode ser a chave para um relacionamento saud\u00e1vel e prazeroso.<\/span><\/p>\n

Adriana Marques<\/a>\/MS<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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