{"id":79353,"date":"2021-05-07T17:29:47","date_gmt":"2021-05-07T21:29:47","guid":{"rendered":"http:\/\/mileniostadium.com\/?p=79353"},"modified":"2021-05-07T17:29:47","modified_gmt":"2021-05-07T21:29:47","slug":"in-memoriam-fernando-cruz-gomes","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/mileniostadium.com\/opiniao\/daniel-bastos\/in-memoriam-fernando-cruz-gomes\/","title":{"rendered":"In memoriam Fernando Cruz Gomes"},"content":{"rendered":"

No decurso da semana passada assinalaram-se os 82 anos do nascimento de Fernando Cruz Gomes, saudoso decano dos jornalistas da comunidade portuguesa no Canad\u00e1, falecido em 2018, e que era um dos rostos mais conhecidos da numerosa prole luso-canadiana que vive e trabalha em Toronto.\u00a0 \u00a0<\/span><\/b><\/p>\n

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O historiador Daniel Bastos (esq.), cujo percurso tem sido alicer\u00e7ado no seio das comunidades portuguesas, entrevistado em 2014 pelo jornalista Fernando Cruz Gomes (dir.) na Galeria dos Pioneiros Portugueses em Toronto<\/a>. Cr\u00e9ditos: DR.<\/figcaption><\/figure>\n

N<\/span>atural da vila de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, Fernando Cruz Gomes, iniciou nos finais dos anos 50 a sua vida profissional como jornalista, no vetusto \u201cPrimeiro de Janeiro\u201d, um jornal di\u00e1rio que se publicou na cidade do Porto. Mas foi em solo africano, mais concretamente em Angola, antiga prov\u00edncia ultramarina portuguesa, onde residiu durante 25 anos, que o seu trabalho jornal\u00edstico ganhou amplitude e profundidade, atrav\u00e9s do desempenho de fun\u00e7\u00f5es em diversos meios de comunica\u00e7\u00e3o, jornais e r\u00e1dios, como o \u201cABC Di\u00e1rio de Angola\u201d, a \u201cR\u00e1dio Ecl\u00e9sia\u201d, no di\u00e1rio de Luanda \u201cO Com\u00e9rcio\u201d, \u201cA Prov\u00edncia de Angola\u201d (atual \u201cJornal de Angola\u201d), no \u201cR\u00e1dio Clube de Benguela\u201d e na \u201cEmissora Oficial de Angola\u201d.<\/span><\/p>\n

No in\u00edcio da Guerra do Ultramar em <\/span>A<\/span>ngola, a 15 de mar\u00e7o de 1961, Fernando Cruz Gomes chegou a acompanhar sozinho os combates entre as For\u00e7as Armadas Portuguesas e os Movimentos de Liberta\u00e7\u00e3o deste territ\u00f3rio da costa ocidental de \u00c1frica. Durante o seu percurso jornal\u00edstico por terras africanas, o profissional de comunica\u00e7\u00e3o social foi ainda presidente da sec\u00e7\u00e3o de Angola do Sindicato Nacional de Jornalistas, onde se manteve at\u00e9 finais de 1974.<\/span><\/p>\n

A sua chegada ao Canad\u00e1 ocorreu em 1975, ano do conturbado processo de descoloniza\u00e7\u00e3o. Na nova p\u00e1tria de ado\u00e7\u00e3o, foi fundador e diretor de jornais comunit\u00e1rios, como \u201cPopular\u201d, \u201cCom\u00e9rcio\u201d, \u201cMundo\u201d, \u201cABC Portuguese Canadian Newspaper\u201d e \u201cA Voz\u201d, e editor e rep\u00f3rter na CIRV R\u00e1dio e na FPTV.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n

As suas multifacetadas fun\u00e7\u00f5es jornal\u00edsticas em Toronto, inclusive de correspondente durante v\u00e1rios anos da Lusa, foram fundamentais para a promo\u00e7\u00e3o e conhecimento da l\u00edngua, cultura e pulsar da comunidade luso-canadiana. E estiveram na base do just\u00edssimo reconhecimento de que foi alvo em 2014, com a atribui\u00e7\u00e3o da Ordem do Infante D. Henrique pelos servi\u00e7os relevante que prestou \u00e0 p\u00e1tria de Cam\u00f5es<\/a>.\u00a0<\/span><\/span><\/p>\n

A vida e obra de Fernando Cruz Gomes, que se encontram vertidas no livro Um Homem Novo Por entre os horrores da guerra, cuja edi\u00e7\u00e3o a t\u00edtulo p\u00f3stumo em 2019 constituiu uma homenagem sentida da fam\u00edlia e da comunidade portuguesa em Toronto, recordam a cita\u00e7\u00e3o afetuosa do escritor brasileiro Coelho Neto: \u201ca saudade \u00e9 a mem\u00f3ria do cora\u00e7\u00e3o\u201d.<\/span><\/p>\n

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