{"id":71793,"date":"2020-12-11T20:22:45","date_gmt":"2020-12-12T01:22:45","guid":{"rendered":"http:\/\/mileniostadium.com\/?p=71793"},"modified":"2020-12-11T20:22:45","modified_gmt":"2020-12-12T01:22:45","slug":"universal-gratuita-e-facultativa-assim-sera-a-vacina-da-covid-19-em-portugal","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/mileniostadium.com\/temas-de-capa\/universal-gratuita-e-facultativa-assim-sera-a-vacina-da-covid-19-em-portugal\/","title":{"rendered":"Universal, gratuita e facultativa: assim ser\u00e1 a vacina da Covid-19 em Portugal"},"content":{"rendered":"
\"Universal,
DR<\/figcaption><\/figure>\n

 <\/p>\n

N\u00e3o foi preciso sequer um ano para a vacina contra a Covid-19 estar pronta\u2026 e com uma efic\u00e1cia acima dos 90%. No entanto, em Portugal, o medo deste v\u00edrus que nos amea\u00e7a a sa\u00fade e a vida, parece n\u00e3o ser o suficiente para aceitar, sem pensar duas vezes, receb\u00ea-la. De facto, grande parte dos portugueses assume que n\u00e3o ir\u00e1 tomar a vacina mal esta esteja dispon\u00edvel. A raz\u00e3o para tal parece estar relacionada com o receio dos efeitos secund\u00e1rios que esta pode, eventualmente, provocar.<\/b><\/p>\n

N<\/span>um inqu\u00e9rito realizado pela Escola Nacional de Sa\u00fade P\u00fablica da Universidade Nova de Lisboa, onde foram inquiridas 1691 pessoas, 28% admitem tomar a vacina mal esta esteja pronta a ser administrada, 62% prefere esperar \u201calgum\u201d ou \u201cmuito\u201d tempo e 10% afirmam n\u00e3o a querer tomar.<\/span><\/p>\n

A vacina\u00e7\u00e3o dos portugueses tem como intuito reduzir a mortalidade e o n\u00famero de internamentos em cuidados intensivos, controlar surtos e minimizar o impacto n\u00e3o s\u00f3 no SNS (Sistema Nacional de Sa\u00fade) como tamb\u00e9m na economia do pa\u00eds. Ainda que ainda sejam necess\u00e1rios alguns \u201cajustes\u201d ao plano de vacina\u00e7\u00e3o contra a Covid-19 em Portugal<\/a>, foram divulgadas recentemente algumas diretrizes importantes e j\u00e1 tidas como certas.<\/span><\/p>\n

O acordo<\/b><\/p>\n

Todo o processo de aquisi\u00e7\u00e3o e avalia\u00e7\u00e3o d<\/span>as vacinas tem por base uma estrat\u00e9gia coordenada no \u00e2mbito da Uni\u00e3o Europeia: ora segundo Rui Ivo, presidente do Infarmed, existem j\u00e1 seis ac\u00f3rd\u00e3os conclu\u00eddos pela Comiss\u00e3o Europeia. Assim, espera-se que a Portugal cheguem 6,9 milh\u00f5es de doses da vacina desenvolvida pela Astrazeneca, 4,5 milh\u00f5es de doses da Johnson & Johnson e outros tantos da vacina da Pfizer\/BioNTech<\/a>. J\u00e1 da Moderna poder\u00e3o chegar 1,8 milh\u00f5es de doses e da CureVac, a que estar\u00e1 mais atrasada no seu desenvolvimento, Portugal estima receber quatro a cinco milh\u00f5es de doses. Para a Sanofi\/GSK ainda n\u00e3o est\u00e3o definidas as quantidades de doses.<\/span><\/p>\n

Susana Castro Marques, diretora m\u00e9dica da Pfizer Portugal, assumiu que, no caso de ser aprovada, a primeira vacina a \u201caterrar\u201d em solo luso ser\u00e1 a da farmac\u00eautica que desenvolveu o famoso \u201ccomprimido azul\u201d – mais precisamente tr\u00eas dias ap\u00f3s a \u201cluz verde\u201d da Ag\u00eancia Europeia do Medicamento, ou seja, no primeiro dia de janeiro de 2021. Estar\u00e3o asseguradas todas as etapas do transporte e distribui\u00e7\u00e3o da vacina e haver\u00e1 lugar a uma \u201ccomponente de distribui\u00e7\u00e3o a\u00e9rea para alguns pontos fulcrais do pa\u00eds ou da regi\u00e3o e depois uma rede de transporte terrestre para fazer depois, a partir desses centros, a distribui\u00e7\u00e3o para outros locais que sejam designados\u201d, segundo a diretora. A primeira tranche poder\u00e1 servir para vacinar 300 mil pessoas.<\/span><\/p>\n

Os grupos priorit\u00e1rios<\/b><\/p>\n

Existem tr\u00eas, divididos em \u201cfases\u201d. Na primeira est\u00e3o as pessoas com 50 ou mais anos que possuam patologias graves (insufici\u00eancia card\u00edaca e\/ou renal, doen\u00e7a coron\u00e1ria, Doen\u00e7a Pulmonar Obstrutiva Cr\u00f3nica ou doen\u00e7a respirat\u00f3ria cr\u00f3nica sob suporte ventilat\u00f3rio e\/ou oxigenoterapia de longa dura\u00e7\u00e3o) e os profissionais de sa\u00fade envolvidos na presta\u00e7\u00e3o de cuidados, profissionais das For\u00e7as Armadas, de seguran\u00e7a e servi\u00e7os cr\u00edticos. <\/span><\/p>\n

Para al\u00e9m destes, est\u00e3o tamb\u00e9m inclu\u00eddos neste primeiro grupo os residentes em lares ou similares, os internados em cuidados continuados e respetivos profissionais.<\/span><\/p>\n

J\u00e1 na segunda fase est\u00e3o as pessoas com mais de 65 anos sem qualquer patologia associada e aquelas que tenham entre 50 e 64 anos e que apresentem um vasto leque de doen\u00e7as pr\u00e9-existentes, tais como diabetes, hipertens\u00e3o e\/ou obesidade. <\/span><\/p>\n

Por \u00faltimo, na terceira fase encontra-se \u201co rest<\/span>o da popula\u00e7\u00e3o\u201d residente em Portugal. <\/span><\/p>\n

Quando?<\/b><\/p>\n

\u201cAs vacinas n\u00e3o chegam todas no primeiro dia, mas v\u00e3o chegando gradualmente ao longo de todo o ano\u201d, explicou o primeiro-ministro portugu\u00eas, Ant\u00f3nio Costa.<\/span><\/p>\n

Ainda que com chegada prevista para o in\u00edcio de 2021, \u00e9 importante lembrar que todo o processo depende dos resultados da terceira fase de testes \u00e0 efic\u00e1cia da vacina, bem como da aprova\u00e7\u00e3o da Ag\u00eancia Europeia do Medicamento. <\/span><\/p>\n

Assumindo que \u201ch\u00e1 muitas incertezas\u201d, Marta Temido, ministra da Sa\u00fade, ressaltou que os ensaios cl\u00ednicos j\u00e1 publicados incidem sobretudo na popula\u00e7\u00e3o entre os 18 e 65 anos, n\u00e3o se conhecendo \u201ca dura\u00e7\u00e3o da vacina e n\u00e3o est\u00e3o inclu\u00eddas crian\u00e7as e gr\u00e1vidas\u201d e n\u00e3o lhes sendo, portanto, recomendada a imuniza\u00e7\u00e3o, pelo menos para j\u00e1.<\/span><\/p>\n

Primeira fase –<\/b> no melhor dos cen\u00e1rios ser\u00e3o vacinadas 950 mil pessoas at\u00e9 ao final de fevereiro (em m\u00e9dia, 16 mil pessoas por dia). Numa perspetiva mais pessimista, esta primeira opera\u00e7\u00e3o poder\u00e1 prolongar-se at\u00e9 abril.<\/span><\/p>\n

Segunda fase –<\/b> acredita-se que aqui a tarefa seja mais dif\u00edcil, j\u00e1 que ter\u00e3o de ser administradas mais de cinco milh\u00f5es de doses e as convocat\u00f3rias e marca\u00e7\u00f5es ter\u00e3o que ser feitas pelos centros de sa\u00fade. Assim, espera-se que esta segunda fase aconte\u00e7a no segundo trimestre de 2021, podendo estender-se at\u00e9 julho, consoante o ritmo de abastecimento das vacinas.<\/span><\/p>\n

Terceira fase –<\/b> finalizadas as duas primeiras fases, come\u00e7ar\u00e1 a vacina\u00e7\u00e3o da restante popula\u00e7\u00e3o, caso n\u00e3o haja altera\u00e7\u00e3o dos prazos de entrega previstos. No entanto, se tal acontecer, definir-se-\u00e3o um terceiro e quarto grupos priorit\u00e1rios. Esta fase tem in\u00edcio previsto para o m\u00eas de julho.<\/span><\/p>\n

Em rela\u00e7\u00e3o ao abastecimento das vacinas, e de acordo um documento recentemente divulgado, espera-se que os primeiros tr\u00eas meses do pr\u00f3ximo ano cheguem cerca de quatro milh\u00f5es de doses de vacinas, no segundo trimestre \u00e0 volta de 7,5 milh\u00f5es, e no terceiro quase oito milh\u00f5es. Finalmente no \u00faltimo trimestre de 2020 chegar\u00e1 nova remessa de dois milh\u00f5es de doses e no primeiro trimestre de 2022 mais cerca de 1,5 milh\u00f5es.<\/span><\/p>\n

Onde?<\/b><\/p>\n

Marta Temido explicou que as vacinas ser\u00e3o administradas no Servi\u00e7o Nacional de Sa\u00fade, em mais de 1.200 centros de sa\u00fade, sob marca\u00e7\u00e3o. Existir\u00e1 uma capacidade de cerca de 300 mil vacinas por semana numa fase inicial.<\/span><\/p>\n

No caso dos lares e das unidades de cuidados continuados as respetivas equipas de enfermagem poder\u00e3o administr\u00e1-las na pr\u00f3pria institui\u00e7\u00e3o ou a equipa do Agrupamento dos Centros de Sa\u00fade deslocar-se-\u00e1 ao local.<\/span><\/p>\n

Numa terceira fase, prev\u00ea-se uma extens\u00e3o dos pontos de vacina\u00e7\u00e3o.<\/span><\/p>\n

Como?<\/b><\/p>\n

Cada pessoa dever\u00e1 tomar duas doses da vacina. Em situa\u00e7\u00e3o normal ter\u00e1 que, depois de feita a marca\u00e7\u00e3o, deslocar-se \u00e0 unidade de sa\u00fade para a toma da vacina, sendo informado, no fim do processo, da data da segunda dose.<\/span><\/p>\n

A execu\u00e7\u00e3o do Plano de Vacina\u00e7\u00e3o Covid-19 e a taxa de imuniza\u00e7\u00e3o comunit\u00e1ria ser\u00e3o monitorizadas por uma rede nacional a ser criada. Existir\u00e1 ainda um sistema de monitoriza\u00e7\u00e3o de eventuais rea\u00e7\u00f5es adversas. <\/span><\/p>\n

Quanto?<\/b><\/p>\n

Portugal ter\u00e1 adquirido cerca de 22 milh\u00f5es de doses, o que perfaz um total que rondar\u00e1 os 180 a 200 milh\u00f5es de euros.<\/span><\/p>\n

In\u00eas Barbosa\/MS<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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