\u201cA paralisa\u00e7\u00e3o imposta pela emerg\u00eancia da pandemia de COVID 19 implicou uma retrac\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sem precedentes e apesar de estarmos melhor e mais preparados para lidar\u202fcom esta crise como nunca estivemos em qualquer outra, a incerteza prende-se com a dura\u00e7\u00e3o desta inevit\u00e1vel recess\u00e3o e com a rapidez da recupera\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica que todos almejamos\u201d, afirmou o vice-presidente do Governo Regional, na abertura do debate, na ALM.<\/p>\n
Pedro Calado lembrou que a Madeira estava num trajecto de crescimento da economia, h\u00e1 sete ano.<\/p>\n
\u201cApesar do ainda consider\u00e1vel montante de d\u00edvida p\u00fablica, a Regi\u00e3o vai continuar a honrar os compromissos com os seus credores e fornecedores\u201d, afirma.<\/p>\n
O vice-presidente n\u00e3o aceita \u201cli\u00e7\u00f5es de moral de quem, na Regi\u00e3o, critica a d\u00edvida que esteve ao servi\u00e7o do desenvolvimento da Madeira e do Porto Santo e, em Lisboa, assobia para o lado e nada tem a dizer sobre a d\u00edvida nacional que n\u00e3o parou de crescer\u201d.<\/p>\n
Calado lembra que, \u201cde forma c\u00e9lere e determinada\u201d, o Governo Regional \u201cn\u00e3o esperou para agir\u201d e a Madeira est\u00e1 a vencer esta batalha.<\/p>\n
Para al\u00e9m de disponibilizar todas as ajudas que existem a n\u00edvel nacional, o Governo Regional, sublinha o vice-presidente, produziu, de igual modo, \u201cmedidas complementares de apoio \u00e0s empresas e ao rendimento dos trabalhadores, como a que apoia os trabalhadores com rendimentos exclusivamente de categoria B, vulgo recibo verde, e a que determina o apoio duplicado aos s\u00f3cios gerentes afectados pela crise\u201d.<\/p>\n
Foi lan\u00e7ada uma linha de cr\u00e9dito de 100 milh\u00f5es para apoio \u00e0s empresas regionais, para manuten\u00e7\u00e3o dos postos de trabalho.<\/p>\n
O Governo, destaca Pedro Calado, continua a redireccionar todos os recursos financeiros dispon\u00edveis.<\/p>\n
A pandemia ter\u00e1 efeitos na economia e Calado lembra que a extrema incerteza em torno da dura\u00e7\u00e3o e da intensidade da crise sanit\u00e1ria obriga \u201c\u00e0 constru\u00e7\u00e3o de\u202fcen\u00e1rios alternativos mais adversos\u201d.<\/p>\n
\u201cA Regi\u00e3o estima que a pandemia e as medidas de conten\u00e7\u00e3o necess\u00e1rias ter\u00e3o o seu pico no 2.\u00ba trimestre de 2020 e dever\u00e3o arrefecer a partir do 2.\u00ba semestre do ano. No\u202fcen\u00e1rio menos gravoso, e partindo do princ\u00edpio que a economia deixe de contrair e se registe a retoma quase integral da atividade na segunda metade do ano, estima-se um decr\u00e9scimo de 12% no PIB da Regi\u00e3o para 2020, quando havia sido projectado um crescimento de 1,9% comparativamente ao ano anterior e um acr\u00e9scimo da taxa desemprego em 6 pontos percentuais, podendo atingir os 13% em 2020 (mais de 17.000 pessoas).\u202f No\u202fcen\u00e1rio mais gravoso, se a pandemia n\u00e3o recuperar no 2.\u00ba semestre levando a per\u00edodos mais longos de conten\u00e7\u00e3o, a queda do PIB pode ser ainda maior e atingir os 23%. A taxa de desemprego poder\u00e1 crescer em 11,5 pontos percentuais, podendo atingir os 18,5% em 2020 (mais de 25.000 pessoas)\u201d, afirma.<\/p>\n
Em qualquer circunst\u00e2ncia, as\u202festimativas relativas \u00e0 receita fiscal, ficam muito abaixo dos valores considerados no Or\u00e7amento Regional para 2020, devendo cair mais de 150 milh\u00f5es de euros, isto \u00e9, cerca de 16% do total de 943 milh\u00f5es de euros inicialmente considerados.<\/p>\n
Pedro Calado reconhece que, pese embora o esfor\u00e7o prev\u00edsivel e a necessidade de apresentar um or\u00e7amento suplementar, o Governo Regional n\u00e3o vai \u201cabdicar dos principais investimentos p\u00fablicos, pilar do produto interno bruto e garante de estabilidade e emprego, sobretudo numa economia pequena como a nossa, mas h\u00e1 outros projectos que ter\u00e3o de ser reestruturados e reprogramados\u201d.<\/p>\n
O vice-presieente diz que o governo vai aguardar o final do Estado de Emerg\u00eancia para ter dados mais s\u00f3lidos sobre a situa\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica e financeira e podermos come\u00e7ar a construir o programa de recupera\u00e7\u00e3o que, seguramente, vai requerer um Or\u00e7amento suplementar.<\/p>\n
\u201cVamos esperar, tamb\u00e9m, por dados mais concretos sobre qual ser\u00e1 a ajuda do Governo da Rep\u00fablica, uma vez que ainda n\u00e3o obtivemos qualquer resposta em rela\u00e7\u00e3o aos pedidos formalizados\u201d.<\/p>\n
DN Madeira<\/p>\n