{"id":57267,"date":"2020-03-19T15:46:53","date_gmt":"2020-03-19T19:46:53","guid":{"rendered":"http:\/\/mileniostadium.com\/?p=57267"},"modified":"2020-03-19T15:46:53","modified_gmt":"2020-03-19T19:46:53","slug":"alastra-epidemia-de-chantagem-e-despedimentos-ilegais","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/mileniostadium.com\/portugal\/alastra-epidemia-de-chantagem-e-despedimentos-ilegais\/","title":{"rendered":"Alastra epidemia de “chantagem e despedimentos ilegais”"},"content":{"rendered":"
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Trabalhadores enviados para casa est\u00e3o sem garantia de sal\u00e1rio ao fim do m\u00eas, de reabertura da empresa ou de apoio social da restaura\u00e7\u00e3o, hotelaria, com\u00e9rcio, servi\u00e7os e at\u00e9 da ind\u00fastria.<\/strong><\/p>\n As empresas est\u00e3o a “aproveitar” a epidemia de Covid-19 para fazer despedimentos ilegais, chantagear trabalhadores para meterem baixa ou f\u00e9rias e algumas fecham portas sem pagar indemniza\u00e7\u00f5es, sal\u00e1rios do m\u00eas e emitir declara\u00e7\u00f5es de acesso ao desemprego, acusam os v\u00e1rios sindicatos. Por isso, exigem ao Governo a proibi\u00e7\u00e3o de despedimentos, \u00e0 semelhan\u00e7a do que foi decretado em It\u00e1lia e tamb\u00e9m na Gr\u00e9cia.<\/p>\n Carvalho da Silva, ex-l\u00edder da CGTP, disse ao JN que “t\u00eam de ser feitos esfor\u00e7os maiores para manter vivas as empresas durante a quarentena, com medidas de prote\u00e7\u00e3o do emprego e do rendimento dos trabalhadores”.<\/p>\n Com as limita\u00e7\u00f5es de viagens, as companhias a\u00e9reas foram as primeiras a propor licen\u00e7as sem vencimento, como na TAP, ou a adiar celebra\u00e7\u00e3o de contratos, como os 250 que estavam em forma\u00e7\u00e3o na HiFly. O setor dos componentes autom\u00f3veis foi tamb\u00e9m afetado, em Santa Maria da Feira: na Faurecia, os prec\u00e1rios foram despedidos e os restantes foram enviados para casa. Patr\u00edcia [nome alterado] come\u00e7ou a trabalhar, h\u00e1 m\u00eas e meio, numa loja de roupa de um centro comercial, com um contrato a prazo de seis meses.<\/p>\n “No final da semana passada, mandaram metade do pessoal para casa, para gozar o banco de horas, f\u00e9rias do ano passado e deste ano. Segunda-feira, decidiram fechar e despedir todos os que n\u00e3o fossem efetivos. Hoje [ontem] recebi carta a rescindir, alegadamente no per\u00edodo experimental, a partir desta sexta-feira”, conta a trabalhadora. Jovem, prec\u00e1ria e n\u00e3o sindicalizada, motivo pelo qual o Sindicato dos Trabalhadores do Com\u00e9rcio, Escrit\u00f3rios e Servi\u00e7os de Portugal (CESP) diz n\u00e3o ter conhecimento do caso.<\/p>\n LEI DA “SELVA”<\/strong><\/p>\n “Sabemos que algumas empresas tentaram fazer chantagem com os trabalhadores, obrigando-os a gozar f\u00e9rias ou a pedir licen\u00e7as para assist\u00eancia \u00e0 fam\u00edlia e alguns foram confrontados, depois, com layoff”, relatou a dirigente C\u00e9lia Lopes. “No grupo Auchan, os trabalhadores estiveram [ontem] em greve [convocada h\u00e1 um m\u00eas] por serem os que pior recebem na grande distribui\u00e7\u00e3o e a empresa chantageou os prec\u00e1rios, dizendo que n\u00e3o renovaria contratos se aderissem ao protesto”, ilustra Marisa Ribeiro, delegada sindical no Auchan. A ades\u00e3o de 80% “encerrou balc\u00f5es e obrigou os chefes a assumir as caixas, porque os clientes t\u00eam feito compras a triplicar, mas os sal\u00e1rios n\u00e3o sobem”.<\/p>\n \u00c9 no setor da restaura\u00e7\u00e3o e bares que a situa\u00e7\u00e3o est\u00e1 mais descontrolada, segundo o dirigente da federa\u00e7\u00e3o sindical FESAHT. “Encerraram estabelecimentos sem dizer se v\u00e3o reabrir, alguns assumindo que n\u00e3o v\u00e3o pagar o sal\u00e1rio deste m\u00eas, sem passar declara\u00e7\u00f5es para o desemprego e deixando os trabalhadores sem qualquer apoio social. Outros pressionaram-nos para meter baixa ou assist\u00eancia \u00e0 fam\u00edlia”, denunciou Francisco Figueiredo. “Exigimos ao Governo que pro\u00edba os despedimentos, refor\u00e7ou.<\/p>\n JN<\/strong><\/span><\/p>\n