{"id":40014,"date":"2019-07-12T11:21:26","date_gmt":"2019-07-12T15:21:26","guid":{"rendered":"http:\/\/mileniostadium.com\/?p=40014"},"modified":"2019-07-12T11:21:26","modified_gmt":"2019-07-12T15:21:26","slug":"terra-viva-plasticultura-plastico-biodegradavel","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/mileniostadium.com\/vida-vidas\/ambiente\/terra-viva-plasticultura-plastico-biodegradavel\/","title":{"rendered":"Terra Viva: Plasticultura – Pl\u00e1stico Biodegrad\u00e1vel"},"content":{"rendered":"

Anualmente s\u00e3o utilizadas mais de 545 mil toneladas de filmes pl\u00e1sticos na agricultura – por\u00e9m, com o desenvolvimento de novos materiais biodegrad\u00e1veis, esta situa\u00e7\u00e3o poder\u00e1 inverter-se.<\/strong>
\nAtualmente os pl\u00e1sticos usados na agricultura s\u00e3o de polietileno, um derivado do petr\u00f3leo. Estes materiais podem demorar s\u00e9culos a degradar-se, sendo que \u00e0 medida que se v\u00e3o fragmentando acabam por entrar na cadeia alimentar. Tamb\u00e9m estes filmes usados nas explora\u00e7\u00f5es agr\u00edcolas contribuem para o aumento dos t\u00e3o falados micropl\u00e1sticos.<\/strong><\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Uma investiga\u00e7\u00e3o que juntou empresas e universidades de Portugal e outros pa\u00edses criou um pl\u00e1stico biodegrad\u00e1vel, para cobrir v\u00e1rias sementeiras, com produtividade semelhante ao convencional e que poder\u00e1 contribuir para a redu\u00e7\u00e3o do consumo de \u00e1gua e de pesticidas.<\/p>\n

V\u00e1rias unidades agr\u00edcolas, principalmente hort\u00edcolas, utilizam a chamada plasticultura, ou seja, a utiliza\u00e7\u00e3o de pl\u00e1sticos convencionais, de polietileno, para proteger as sementeiras de culturas como o mel\u00e3o, a meloa, os pimentos ou os morangos, aumentar a produtividade e antecipar a data da colheita.<\/p>\n

Os pl\u00e1sticos usados s\u00e3o um grande problema ambiental, j\u00e1 que nem todos lhes d\u00e3o o tratamento devido. J\u00e1 todos vimos montes de fitas de rega ou de pl\u00e1sticos usados na produ\u00e7\u00e3o de morangos atirados em qualquer lado, desde \u00e0 beira de caminhos passando pelas margens de rios. Mas h\u00e1 pr\u00e1ticas ainda mais incorretas como a sua queima ou enterramento o que leva a uma polui\u00e7\u00e3o muito complicada dos solos.<\/p>\n

Esperemos que esta situa\u00e7\u00e3o melhore rapidamente… E parece que v\u00eam a\u00ed boas not\u00edcias!<\/p>\n

Uma cientista do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade T\u00e9cnica de Lisboa, Elisabete Duarte, participou numa investiga\u00e7\u00e3o, para produ\u00e7\u00e3o de pl\u00e1sticos amigos do ambiente de utiliza\u00e7\u00e3o na agricultura.
\nO projeto comunit\u00e1rio, chamado Agrobiofilm, juntou tr\u00eas Pequenas e M\u00e9dias Empresas (PME) e centros de investiga\u00e7\u00e3o de Espanha, Fran\u00e7a, Noruega e Dinamarca, al\u00e9m do Instituto Superior de Agronomia, e \u00e9 um bom exemplo do trabalho conjunto entre ind\u00fastria e ci\u00eancia.<\/p>\n

Foi para resolver este problema que surgiu o desafio de substituir os pl\u00e1sticos convencionais por produtos amigos do ambiente, integrados no solo juntamente com os restos das culturas e biodegradados com os microrganismos e flora presentes no terreno, sem p\u00f4r em causa a produtividade.<\/p>\n

Fabricado a partir de amido de milho, \u00f3leos vegetais e pol\u00edmeros biodegrad\u00e1veis, este biopl\u00e1stico tem a grande vantagem de voltar a ser incorporado no solo, sem prejudicar o ambiente.<\/p>\n

Conforme informa\u00e7\u00e3o veiculada no site de uma marca j\u00e1 no mercado, pode ler-se:
\n\u201cEm compara\u00e7\u00e3o ao mulch tradicional, o Agrobiofilm\u00ae mostrou ser mais eficiente, proporcionando melhor rendimento em certas culturas.
\nA n\u00edvel de prepara\u00e7\u00e3o do solo e aplica\u00e7\u00e3o mecanizada, este mulch biodegrad\u00e1vel n\u00e3o demonstrou diferen\u00e7as, tendo ainda a vantagem de n\u00e3o ser necess\u00e1rio retirar no final da cultura, poupando esta opera\u00e7\u00e3o e custos para o agricultor. Assim, deve ser incorporado no solo no final do ciclo da cultura, juntamente com os res\u00edduos desta. Depois de enterrado vai biodegradar-se completamente, transformando-se em mat\u00e9ria org\u00e2nica.\u201d<\/p>\n

Os estudos foram feitos com culturas de mel\u00e3o, meloa, curgetes, pimentos (de ciclos curtos, tr\u00eas ou quatro meses), morangos (mais longo, 8 meses) e at\u00e9 vinha – uma alternativa seguida pelo parceiro franc\u00eas, que aplicou o agrobiofilm em vinhas novas.<\/p>\n

Esperemos que se despachem a colocar estes pl\u00e1sticos no mercado e que se tornem obrigat\u00f3rios – isto acompanhado, claro, de um pre\u00e7o acess\u00edvel para os agricultores.
\nDesfrutem da natureza com respeito e admira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Paulo Gil Cardoso<\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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