{"id":12071,"date":"2018-04-30T15:55:14","date_gmt":"2018-04-30T19:55:14","guid":{"rendered":"http:\/\/mileniostadium.com\/?p=12071"},"modified":"2018-04-30T15:55:14","modified_gmt":"2018-04-30T19:55:14","slug":"milhares-manifestam-se-em-moscovo-pela-liberdade-na-internet","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/mileniostadium.com\/mundo\/milhares-manifestam-se-em-moscovo-pela-liberdade-na-internet\/","title":{"rendered":"Milhares manifestam-se em Moscovo pela liberdade na Internet"},"content":{"rendered":"

Mais de 12.000 pessoas manifestaram-se segunda-feira no centro de Moscovo em defesa da liberdade na Internet, na sequ\u00eancia do bloqueio da aplica\u00e7\u00e3o de mensagens Telegram por recusar fornecer aos servi\u00e7os de informa\u00e7\u00f5es dados encriptados dos utilizadores.<\/p>\n

Um tribunal russo ordenou a 13 de abril o bloqueio da popular aplica\u00e7\u00e3o, com 200 milh\u00f5es de utilizadores em todo o mundo, mas a Telegram, desenvolvida pelo empres\u00e1rio russo Pavel Durov, prometeu manter a aplica\u00e7\u00e3o a funcionar e repetiu que fornecer tais informa\u00e7\u00f5es violaria o direito \u00e0 privacidade dos utilizadores.<\/p>\n

Em consequ\u00eancia, a autoridade reguladora das comunica\u00e7\u00f5es russa bloqueou alguns servidores de empresas tecnol\u00f3gicas como a Google, Apple e Amazon, o que afetou milh\u00f5es de ‘sites’, entre os quais o YouTube e o Gmail, mas n\u00e3o perturbou, at\u00e9 agora, o funcionamento da Telegram.<\/p>\n

Em dia de feriado na R\u00fassia, milhares de pessoas, entre as quais opositores ao Presidente russo, Vladimir Putin, manifestaram-se numa rua do centro de Moscovo com cartazes com inscri\u00e7\u00f5es como “Pela liberdade de express\u00e3o” ou “Abaixo o czar”.<\/p>\n

O protesto, convocado pelo quase desconhecido Partido Libert\u00e1rio da R\u00fassia, foi autorizado pela c\u00e2mara municipal.<\/p>\n

O dirigente opositor Alexei Navalny, que ganhou popularidade atrav\u00e9s de um blogue em que denunciava casos de corrup\u00e7\u00e3o de membros do governo russo, participou no protesto e acusou as autoridades de violarem a privacidade dos cidad\u00e3os.<\/p>\n

“Ligo a televis\u00e3o e vejo a not\u00edcia de que uns tipos decidiram que querem ter o direito de ler tudo o que eu escrevo no Telegram. N\u00e3o vou tolerar isso!”, disse Navalny aos manifestantes, agradecendo ao fundador da Telegram.<\/p>\n

“Obrigado Pacha [diminutivo de Pavel] Duroc por teres apelado \u00e0 resist\u00eancia, porque resistir \u00e9 isto, \u00e9 fazermos qualquer coisa, n\u00e3o nos calarmos”, disse.<\/p>\n

O fundador da Telegram, Durov, escreveu numa rede social que a manifesta\u00e7\u00e3o “n\u00e3o tem precedente” e disse sentir-se “orgulhoso de ter nascido no mesmo pa\u00eds” que os “milhares de jovens progressistas” que se manifestaram.<\/p>\n

Durov, que tamb\u00e9m criou a rede social Vkontakte, a maior da Europa, acrescentou que “a R\u00fassia est\u00e1 numa encruzilhada” na qual se vai decidir se a liberdade na internet \u00e9 ou n\u00e3o inegoci\u00e1vel.<\/p>\n

Nos \u00faltimos anos, a R\u00fassia adotou uma s\u00e9rie de leis que limitam a liberdade na Internet e a privacidade dos utilizadores.<\/p>\n

Uma dessas leis imp\u00f5e aos operadores de telem\u00f3veis que registem os dados de chamadas e mensagens durante v\u00e1rios meses e outra prev\u00ea que ativistas possam ser multados ou presos por mensagens que tenham colocado nas redes sociais.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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