“No que diz respeito [\u00e0s san\u00e7\u00f5es] aos diamantes russos, j\u00e1 era de se esperar e estamos preparados”, afirmou o porta-voz da presid\u00eancia russa (Kremlin), Dmitri Peskov, na sua confer\u00eancia de imprensa di\u00e1ria.<\/p>\n
O Kremlin reagia ao 12\u00ba. pacote de san\u00e7\u00f5es contra a R\u00fassia anunciado pelo Conselho Europeu em retalia\u00e7\u00e3o pela guerra na Ucr\u00e2nia.<\/p>\n
“N\u00e3o acredito que n\u00e3o existam formas de contornar estas san\u00e7\u00f5es e n\u00f3s vamos us\u00e1-las”, reiterou.<\/p>\n
“Faremos tudo para defender e garantir os interesses da R\u00fassia”, sublinhou Peskov, acrescentando que “j\u00e1 se esgotaram os setores a que poderiam ser impostas san\u00e7\u00f5es”.<\/p>\n
A partir de 01 de janeiro ser\u00e1 proibida a importa\u00e7\u00e3o de diamantes da R\u00fassia, que fatura cerca de 4,5 mil milh\u00f5es de euros anuais com a venda destas pedras preciosas.<\/p>\n
A proibi\u00e7\u00e3o de comprar diamantes russos lapidados num terceiro pa\u00eds entrar\u00e1 em vigor a partir de 01 de mar\u00e7o de 2024 e, a partir de 01 de setembro a proibi\u00e7\u00e3o ser\u00e1 alargada para abranger diamantes, joias e rel\u00f3gios que contenham diamantes produzidos em laborat\u00f3rios russos.<\/p>\n
As restri\u00e7\u00f5es s\u00e3o as mesmas adotadas pelo G7 no dia 06, durante uma reuni\u00e3o virtual dos l\u00edderes dos sete pa\u00edses mais ricos.<\/p>\n
As san\u00e7\u00f5es impostas abrangem tamb\u00e9m produtos qu\u00edmicos, baterias de l\u00edtio, term\u00f3statos, motores de corrente cont\u00ednua e servomotores para ve\u00edculos a\u00e9reos n\u00e3o tripulados (‘drones’), m\u00e1quinas-ferramentas e pe\u00e7as de m\u00e1quinas.<\/p>\n
Foi ainda refor\u00e7ada a proibi\u00e7\u00e3o j\u00e1 em vigor de importa\u00e7\u00e3o de petr\u00f3leo bruto transportado por mar e de determinados produtos petrol\u00edferos da R\u00fassia para a UE e o seu teto m\u00e1ximo.<\/p>\n
Al\u00e9m disso, com as novas medidas restritivas, passar\u00e3o a ser abrangidas mais de 120 pessoas e entidades, entre as quais mais 29 entidades que “apoiam diretamente o complexo militar e industrial da R\u00fassia”.<\/p>\n
Entretanto, na passada ter\u00e7a-feira, a Comiss\u00e3o Europeia prop\u00f4s uma iniciativa para identificar os recursos relacionados com ativos soberanos russos congelados devido \u00e0s san\u00e7\u00f5es da UE, com vista a poderem ser utilizados para a reconstru\u00e7\u00e3o da Ucr\u00e2nia.<\/p>\n
A ofensiva militar russa no territ\u00f3rio ucraniano, lan\u00e7ada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que \u00e9 considerada a crise de seguran\u00e7a mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).<\/p>\n
Os aliados ocidentais da Ucr\u00e2nia t\u00eam fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de san\u00e7\u00f5es contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esfor\u00e7o de guerra.<\/p>\n