{"id":106333,"date":"2023-05-26T11:33:36","date_gmt":"2023-05-26T15:33:36","guid":{"rendered":"https:\/\/mileniostadium.com\/?p=106333"},"modified":"2023-05-26T11:33:36","modified_gmt":"2023-05-26T15:33:36","slug":"dina-lopes-forma-propria-comunicar","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/mileniostadium.com\/vida-vidas\/entretenimento\/artesonora\/dina-lopes-forma-propria-comunicar\/","title":{"rendered":"Dina Lopes: Forma pr\u00f3pria comunicar"},"content":{"rendered":"

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Quando Dina Lopes era adolescente, como todos os jovens, a escolha de um rumo de vida estava bem definida. Queria seguir as artes. A morar num meio pequeno, numa altura em que Portugal se preparava para entrar na comunidade europeia, n\u00e3o havia muito acesso a materiais de pintura, livros, contato com os mestres\u2026 aulas, o que fazia Dina procurar mais e mais pelo conhecimento.<\/strong><\/p>\n

A entrada na Arca em Coimbra foi o caminho encontrado e que seria a sua \u201ctela de vida\u201d. Tirou o curso Profissional de Artes Gr\u00e1ficas, a Licenciatura em Pintura e assim a sua grande paix\u00e3o pela arte foi despertando cada vez mais. Mora no campo onde construiu o seu ateli\u00ea e onde tem as suas ra\u00edzes. Os seus av\u00f3s e a sua m\u00e3e eram muito ligados \u00e0 agricultura e dessa forma, muito sens\u00edveis e dedicados no saber trabalhar a terra. Era tudo t\u00e3o natural para a jovem Dina e isso seduzia-a. Naturalmente, foi come\u00e7ando a ter essa liga\u00e7\u00e3o do campo aos seus trabalhos.<\/p>\n

A simplicidade e o n\u00e3o for\u00e7ado, s\u00e3o ainda hoje um foco na vida de Dina. Nos dias de hoje usa-se muito o pensamento, o intelecto e isso cria por vezes barreiras. Enquanto na natureza todo o procedimento \u00e9 muito natural. \u00c9 esta a filosofia de Dina Lopes bem pintada nas suas telas.<\/p>\n

Nunca teve muita preocupa\u00e7\u00e3o de procurar galerias ou para concorrer a grandes pr\u00e9mios, porque assim como a natureza consegue as coisas de uma forma muito natural, o seu trabalho, a forma como o comunica tem aberto v\u00e1rias portas, muitas delas nunca pensadas em alcan\u00e7ar. E isso faz de Dina uma artista feliz. Onde cria as suas artes \u00e9 quase como se fosse um espa\u00e7o m\u00e1gico, onde existe uma mesa de suporte das tintas e a mesa onde os seus av\u00f3s comiam o borralho. Tudo que preenche o espa\u00e7o de cria\u00e7\u00e3o faz parte da hist\u00f3ria da sua fam\u00edlia e de pessoas que amou e que ainda ama.<\/p>\n

Nada \u00e9 ao acaso.<\/p>\n

\u00c9 uma artista de camadas tal e qual como a t\u00e9cnica que aprendeu a aplicar. Temas hist\u00f3ricos a n\u00edvel mesmo, at\u00e9 pol\u00edtico, a liga\u00e7\u00e3o entre a hist\u00f3ria e o Homem, a ci\u00eancia e a pr\u00f3pria natureza, \u00e9 tudo pintado como uma s\u00e9rie de viagens em simult\u00e2neo. A sua obra muitas vezes tem v\u00e1rios planos, v\u00e1rias camadas e a sensa\u00e7\u00e3o de uma viagem ao passado, presente e futuro.<\/p>\n

Gosta de iniciar com uma mistura de tintas para cima da tela ao acaso. De seguida come\u00e7a por pintar as primeiras formas e depois outras e outras. Criar cen\u00e1rios sobre cen\u00e1rios, sentidos sobre sentidos. Ao longo do processo criativo vai naturalmente apagando aquilo que est\u00e1 feito. Depois de tanto trabalho, Dina desliga-se e vai-se desapegando de muitas formas j\u00e1 pintadas, dando lugar a outras que lhe indicam novos caminhos. Tudo \u00e9 criado suavemente, numa inquietude apaixonante e dessa forma permite que surjam resultados surpreendentes que a Dina s\u00f3 os descobre depois. N\u00e3o os idealizou. Eles surgem como magia h\u00e1 medida que segue o comando dos seus sentidos sem se questionar. Vai nascendo uma nova perspectiva no meio do caos. Aprende a desfocar para se conseguir ver o que \u00e9 que est\u00e1 do outro lado. Ao conseguirmos entrar na tela, vivemos um mundo de cor e conhecemos o mundo criado pela artista, um mundo da tridimensionalidade.<\/p>\n

Paulo Perdiz\/MS<\/p>\n

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