{"id":103706,"date":"2023-02-08T11:16:14","date_gmt":"2023-02-08T16:16:14","guid":{"rendered":"https:\/\/mileniostadium.com\/?p=103706"},"modified":"2023-02-08T11:16:14","modified_gmt":"2023-02-08T16:16:14","slug":"cerca-de-7-dos-alojamentos-foram-arrendados-com-apoios","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/mileniostadium.com\/portugal\/cerca-de-7-dos-alojamentos-foram-arrendados-com-apoios\/","title":{"rendered":"Cerca de 7% dos alojamentos foram arrendados com apoios"},"content":{"rendered":"
\"Mercado<\/a>
Porto, 10\/09\/2014 – Mercado imobili\u00e1rio de arrendamento e venda.
(Leonel de Castro \/ Global Imagens)<\/figcaption><\/figure>\n

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Em 2021, mais de 63 mil alojamentos foram arrendados atrav\u00e9s de apoios, correspondendo a 6,9% do total de casas arrendadas em Portugal. Estas s\u00e3o algumas das conclus\u00f5es dos Censos 2021, cujos indicadores sobre a habita\u00e7\u00e3o em Portugal foram apresentados, esta quarta-feira, no Instituto Nacional de Estat\u00edstica (INE).<\/strong><\/p>\n

A vari\u00e1vel \u00e9 uma novidade da \u00faltima opera\u00e7\u00e3o censit\u00e1ria realizada em 2021 e mostra que, desse universo, mais de 40 mil (4,3%) alojamentos foram arrendados atrav\u00e9s da renda social ou apoiada. Os restantes 1,4% e 1,2% dizem respeito a subs\u00eddio p\u00fablico de renda e subs\u00eddio de renda atribu\u00eddo pelos munic\u00edpios ou regi\u00f5es aut\u00f3nomas, respetivamente. Os dados constam do estudo “O que nos dizem os Censos sobre Habita\u00e7\u00e3o” divulgado esta sexta-feira.<\/p>\n

Na \u00faltima d\u00e9cada, o arrendamento tem aumentado como regime de ocupa\u00e7\u00e3o dos alojamentos. \u00c9 na \u00c1rea Metropolitana de Lisboa que se concentram a maior parte das habita\u00e7\u00f5es arrendadas (29,2%) e menos na regi\u00e3o Centro do pa\u00eds (15,8%).<\/p>\n

Os dados provis\u00f3rios conhecidos ainda em novembro, j\u00e1 mostravam que, em dez anos, as rendas aumentaram 42,1% em todas as regi\u00f5es do pa\u00eds, rondando os 334 euros mensais. A m\u00e9dia \u00e9 mais elevada na \u00c1rea Metropolitana de Lisboa, onde se situava 403 euros em 2021. Por outro lado, o Alentejo \u00e9 a regi\u00e3o onde o valor registado, de 261 euros, \u00e9 o mais baixo.<\/p>\n

Maria da Gra\u00e7a Igreja, diretora do Observat\u00f3rio da Habita\u00e7\u00e3o, do Arrendamento e Reabilita\u00e7\u00e3o Urbana (OHRU) apontou que 844.672 dos contratos t\u00eam rendas at\u00e9 650 euros (92%) e 20.440 superiores a mil euros (2,21%). Antes de 1990, 79% tinham rendas inferiores a cerca de 200 euros. Ainda h\u00e1 151.620 contratos com rendas anteriores a esse ano, mas ainda n\u00e3o s\u00e3o conhecidos quantos \u00e9 que transitaram para os pre\u00e7os atuais.<\/p>\n

H\u00e1 mais edif\u00edcios destinados \u00e0 habita\u00e7\u00e3o<\/strong><\/p>\n

No global, o n\u00famero de alojamentos aumentou 1,7% nos \u00faltimos dez anos, superando os 5,9 milh\u00f5es, embora este crescimento tenha ficado abaixo do observado na d\u00e9cada anterior. A maioria dos alojamentos s\u00e3o familiares e uma parte residual alojamentos coletivos.<\/p>\n

Dos familiares, 4.142.581 s\u00e3o resid\u00eancias habituais, 1.104.881 secund\u00e1rios e 723.215 vagos. Estes \u00faltimos dois foram os ganharam peso nos \u00faltimos dez anos. Entre os alojamentos vagos, a maioria n\u00e3o tem condi\u00e7\u00f5es de habitabilidade (51,87%) e 48,13% estavam \u00e0 venda ou para arrendar.<\/p>\n

Os dados mostram ainda que entre 2011 e 2021 foram constru\u00eddos 110 784 edif\u00edcios. O INE sublinhou uma altera\u00e7\u00e3o no padr\u00e3o de constru\u00e7\u00e3o, uma vez que aumentaram 5% os edif\u00edcios constru\u00eddos com um alojamento.<\/p>\n

Para al\u00e9m dos alojamentos, do parque habitacional portugu\u00eas fazem ainda parte mais de 3,5 milh\u00f5es de edif\u00edcios ditos “cl\u00e1ssicos”, que aumentaram 0,8% face a 2011.<\/p>\n

Falta pelo menos uma divis\u00e3o<\/strong><\/p>\n

Mais de metade dos alojamentos (63,6%) encontravam-se sublotados, dos quais 28,9% tinham uma divis\u00e3o a mais e 15,3% tr\u00eas ou mais, sobretudo no Centro e Norte do pa\u00eds. Por\u00e9m, 12,7% estavam sobrelotados, faltando pelo menos uma divis\u00e3o em 9,7% das habita\u00e7\u00f5es e mais de tr\u00eas divis\u00f5es em 0,7% para que estas fossem adequadas ao n\u00famero de pessoas que nelas residiam.<\/p>\n

Por outro lado, o n\u00famero de alojamentos excede o de agregados, a m\u00e9dia \u00e9 de 1,48 por cada, uma tend\u00eancia que j\u00e1 se verificava em 2011, apontou Ant\u00f3nio Vilhena, investigador do Laborat\u00f3rio Nacional de Engenharia Civil (LNEC), alertando que este dado n\u00e3o resolve o problema da habita\u00e7\u00e3o em Portugal.<\/p>\n

Mais de um ter\u00e7o dos edif\u00edcios precisa de repara\u00e7\u00f5es<\/strong><\/p>\n

Em termos de condi\u00e7\u00f5es de habitabilidade, mais de um ter\u00e7o dos edif\u00edcios (35,8%) precisam de repara\u00e7\u00f5es. Destes 1.278.826 edif\u00edcios, mais de 780 mil (21,8%) necessitam de repara\u00e7\u00f5es consideradas ligeiras, mais de 335 mil (9,4%) de repara\u00e7\u00f5es m\u00e9dias e mais de 163 mil (4,6%) de repara\u00e7\u00f5es profundas.<\/p>\n

Apesar de o estudo sublinhar que n\u00e3o se verificaram “grandes discrep\u00e2ncias regionais”, as condi\u00e7\u00f5es menos favor\u00e1veis s\u00e3o mais sentidas em Coimbra (43,5%), seguindo-se a Regi\u00e3o Aut\u00f3noma da Madeira (43%) e a \u00c1rea Metropolitana do Porto (41,3%).<\/p>\n

Ainda assim, a maioria dos edif\u00edcios n\u00e3o necessitava de repara\u00e7\u00f5es (64,2%). Foi no Alentejo Central (75,1%), no Baixo Alentejo (71,6%) e no Algarve (70,7%) onde se verificaram a maior propor\u00e7\u00e3o de edif\u00edcios sem necessidades de repara\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

De acordo com o estudo, em termos de envelhecimento, por cada 100 edif\u00edcios que foram constru\u00eddos ap\u00f3s 2011 existiam 747 constru\u00eddos at\u00e9 1960.<\/p>\n

Aquecimento \u00e9 diferente nos alojamentos constru\u00eddos na \u00faltima d\u00e9cada<\/strong><\/p>\n

Nos alojamentos familiares cl\u00e1ssicos (aqueles que s\u00e3o constitu\u00eddos por divis\u00f5es num edif\u00edcio e que t\u00eam uma entrada independente de acesso direto), utilizavam-se mais os aquecedores el\u00e9tricos e aparelhos m\u00f3veis a g\u00e1s para aquecer os espa\u00e7os, sendo que 30,2% n\u00e3o tinha qualquer tipo de aquecimento.<\/p>\n

A maioria (83,4%) n\u00e3o dispunha de ar condicionado. Entre os alojamentos constru\u00eddos na \u00faltima d\u00e9cada, 63,5% n\u00e3o dispunha desse meio para aquecer ou refrear os espa\u00e7os. Nestas habita\u00e7\u00f5es, o aquecimento central \u00e9 o mais utilizado (33,3%).<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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