
É do conhecimento de todos que viajar é algo que nos alegra, dá prazer e consequentemente tudo isto nos dá mais saúde! Até aqui nada de novo.
Quem não sonha com um destino, uma viagem com amigos, uma viagem a dois, o revisitar de um local especial ou mesmo aquele destino da viagem de uma vida? Com efeito, o Homem enquanto ser humano limitava-se a ir onde as suas pernas o levassem. Thomas Jefferson, o terceiro Presidente dos Estados Unidos, dizia que “o cavalo já foi um erro!”.

Para refutar tudo isto, o turismo, palavra que nasce no século XIX, com origem na palavra francesa Tour, que por sua vez se inspirou na palavra latina torno, que roda, e na palavra, tornare, voltar, com efeito, o turismo enquanto ato de movimento, deslocação, vem trazer um novo conceito, um novo paradigma.
De facto, quem faz um tour, vai e volta! Volta mais rico, não só no aspeto cultural, o que é indiscutível, como também se reflete no bem-estar do indivíduo.

O estreitamento de laços familiares, viajando em família, o reforço da parentalidade, viajando com os filhos, e particularmente afetando positivamente o aspeto da saúde emocional, com a grande mais-valia que esta aporta à sua condição de saúde generalizada.
Ora a prescrição de viagens pelos médicos, com inclusão num sistema de saúde em que o estado na sua forma mais generalizada, ou até mesmo os seguros, fossem participativos, claro, num mundo ideal, é um tema que há muitos anos debato nesta minha caminhada de quase 30 anos no setor do turismo, onde estive em contacto com centenas de pessoas, e onde se perceciona serem notórias as vantagens que viajar aporta a cada um.

Despaísar (sair do país), ver outros rostos, sentir outros cheiros, ouvir outras línguas, é reconfortante e reconstrutor.
A inibição destes momentos, destas experiências, agora tão mais agudizadas pela pandemia que ainda vivemos, provocou sequelas desconhecidas até então por nós, que víamos o facto de viajar, de sair, de explorar, como algo adquirido e fazível dependendo do nosso tempo ou capacidade económica.
Com a mudança de paradigma que esta nova realidade nos deu a conhecer, é, e cada vez será mais premente, que nos completemos, que nos encontremos e criemos uma fusão com o que nos aporta bem-estar, dá prazer e enche de alegria, e isso muitas das vezes reside no ato de viajar.

É, pois, aí que se interliga o prazer de viajar, com a saúde e bem-estar emocional. É o turismo, ao serviço da medicina, mesmo que indiretamente.
Num mundo ideal, ou quiçá num futuro próximo, numa consciência coletiva que acredito não estar longe, sobretudo em países mais desenvolvidos, em que a saúde mental é reconhecida e tratada como primordial, a prescrição de viagens como apoio ao bem-estar do indivíduo e da família, e sua consequente redução de custos em tratamentos e medicação, será uma ferramenta indispensável.
É um tema desafiador, novo e corajoso.
Enquanto ainda inibidos de nos deslocarmos onde sonhamos, deixo-vos algumas imagens de um Portugal magnífico, diverso e acolhedor, que garante alegria e boa disposição a quem nos visita.
Venham daí!
Luísa silva Geraldes/MS
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