Tchim tchim!
Há quem não passe sem ele às refeições, quem veja nele um género de “terapia de relaxamento”, quem só consuma em ocasiões especiais e há também quem não lhe possa sequer sentir o cheiro. Gostos não se discutem e este princípio também se aplica ao consumo de vinho! Apesar disso o vinho é mesmo uma das bebidas mais apreciadas do mundo, estando inclusive o seu consumo moderado associado a diversos benefícios no que à nossa saúde diz respeito.
Os polifenóis, compostos nutricionais bastante importantes para a nossa saúde, podem ser encontrados no vinho: entre outras mais-valias, eles são capazes de nos proporcionar uma grande sensação de bem-estar. Vamos então ver, mais ao pormenor, alguns exemplos de outros proveitos que podemos retirar deste néctar de Baco!
Redução e regulação da tensão arterial
A ação vasodilatadora do resveratrol, molécula encontrada nas cascas das uvas – principalmente das Tannat, Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah – resulta numa diminuição da tensão arterial. O vinho atua ainda no equilíbrio hídrico do nosso corpo, também ele muito importante para o processo de regulação da tensão arterial.
Menor risco de AVC
Os polifenóis ajudam também a evitar a coagulação do sangue. Assim, são capazes de “destruir” coágulos sanguíneos, que em casos extremos podem levar a um acidente vascular cerebral.
Um “boost” para o sistema imunológico
Esta é uma das grandes preocupações sentidas por pessoas que vivem em ambientes muito poluídos ou que possuem um estilo de vida muito stressante. Se este é o vosso caso fiquem então a saber que o consumo de vinho – nas doses recomendadas – pode dar aquele “empurrão” de que o nossos sistema imunológico necessita, graças ao composto antioxidante deixado no intestino, que auxilia no processo de desenvolvimento das bactérias saudáveis, o que por sua vez estimula a produção de células T. Para além disso, o resveratrol também é importante para a criação de moléculas anti-inflamatórias.
A ação no colesterol
As doenças cardiovasculares continuam a ser, segundo um recente balanço da Organização Mundial de Saúde, a principal causa de morte a nível mundial. São dados relativos ao período entre 2000 e 2019 que nos dizem ainda que o número de mortes associadas a problemas cardíacos aumentou em mais de 2 milhões, representando agora 16% do total de todas as causas.
Com o consumo responsável de vinho conseguimos ter, basicamente, o melhor de dois mundos: diminuir o colesterol “mau” (LDL) presente no sangue e, por outro lado, promover o aumento do colesterol “bom” (HDL), o que ajuda a diminuir a ocorrência deste tipo de doenças.
Melhoria da função cognitiva
Ao que parece, o consumo desta bebida está associado a uma melhoria cognitiva, sobretudo em pessoas com mais de 50 anos, exercendo influência na criação de novas memórias, na aprendizagem e até no vocabulário!
A sua inclusão no processo culinário
Sim, também podem usar o vinho nos nossos cozinhados e daí retirar inúmeras vantagens! Por exemplo: para além de ficar delicioso, marinar a carne em vinho tinto ajuda ainda a prevenir a formação de compostos carcinogénicos.
Bom… mas sempre com moderação!
Importa sempre lembrar que todos estes benefícios dependem de um consumo responsável e moderado – e com isto chegamos à grande questão: quando é que é demais?
Ora, a recomendação dos profissionais é de que, regra geral, não se ultrapassem os 150 ml diários. Não se esqueçam que quando consumido em exagero o vinho pode não só prejudicar células do cérebro e do fígado, como também desenvolver transtornos ao nível do comportamento.
Inês Barbosa/MS
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