Seis erros comuns na escolha de probióticos

Os probióticos tornaram-se aliados da saúde intestinal e do bem-estar geral, mas ainda há muita falta de informação sobre como escolher o mais adequado. Escolher um probiótico sem critérios pode resultar em benefícios reduzidos ou até na completa ausência de efeito, o que compromete as expectativas e a confiança neste tipo de suplementos.
Dada a crescente importância dos probióticos na promoção da saúde, a escolha deve ser criteriosa e adaptada às necessidades individuais. A seleção da estirpe certa pode fazer toda a diferença na eficácia do probiótico.
Os avanços na investigação sobre a microbiota humana e os probióticos têm revelado um potencial terapêutico. Graças ao progresso da biologia e das ciências da saúde, sabe-se hoje que os probióticos podem modular a microbiota intestinal de forma específica, permitindo abordagens personalizadas para melhorar a saúde intestinal e até extraintestinal. Há estudos que demonstram benefícios promissores na gestão de condições como obesidade, alergias, problemas de fertilidade, fadiga e infeções.
A microbiota, composta por bactérias, fungos e leveduras, desempenha um papel essencial no funcionamento do organismo. A do intestino é a mais relevante, e pode influenciar, por exemplo, a absorção de nutrientes, a regulação do sistema imunitário e até o peso, através da comunicação com o cérebro. Esta ligação entre o intestino e o sistema nervoso central é tão complexa que o intestino é frequentemente apelidado de “segundo cérebro”.
Apesar dos avanços científicos que têm desvendado, cada vez mais, as interações entre o intestino e outros órgãos, a escolha de probióticos continua a ser um desafio. Com tantas opções disponíveis, nem sempre é fácil encontrar informação credível e detalhada, o que pode levar a equívocos e a erros comuns. Por isso, descubra, a seguir, os seis erros mais frequentes e aprenda a evitá-los.
1. Não considerar a estirpe do probiótico
Nem todos os probióticos são iguais. A eficácia depende da estirpe específica e não apenas do género ou espécie. Escolha um probiótico cuja estirpe tenha evidência científica para o que pretende.
2. Assumir que todos os probióticos funcionam para qualquer problema
Probióticos diferentes têm indicações específicas. Escolha os que têm estudos clínicos a comprovar eficácia.
3. Acreditar que mais estirpes significam maior eficácia
É enganador pensar que um produto com mais estirpes diferentes será melhor. A eficácia de um probiótico depende mais da qualidade e função específica das estirpes do que da quantidade presente na fórmula. As bactérias probióticas competem entre si pelos mesmos nutrientes e espaço no intestino. Essa competição pode levar à inativação de certas estirpes, reduzindo a sua eficácia.
4. Pensar que doses mais elevadas de microrganismos garantem melhores resultados
Muitas pessoas assumem que quanto maior for a quantidade de microrganismos num probiótico, maior será a sua eficácia. A realidade é mais complexa! A eficácia de um probiótico não depende apenas do número de microrganismos presentes, mas da estirpe utilizada e da dose específica que demonstrou benefícios em estudos científicos.
5. Não ter em conta a qualidade do processo de fabrico
A forma como são produzidos pode influenciar diretamente a sua viabilidade e ação no organismo. O processo de fabrico desempenha um papel importante na preservação das características dos microrganismos probióticos. Para que um probiótico seja eficaz, é essencial que as bactérias ou leveduras permaneçam vivas e ativas até chegarem ao intestino, onde exercem os seus benefícios.
6. Não seguir corretamente as instruções de uso
Por exemplo, algumas estirpes podem ser mais eficazes quando tomadas em jejum ou de manhã, enquanto outras devem ser ingeridas com alimentos para melhorar a sobrevivência no trato digestivo. O calor também pode destruir as bactérias probióticas antes mesmo de chegarem ao intestino. Por isso, os probióticos não devem ser misturados com bebidas ou alimentos quentes.
SBE/MS
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