Saúde & Bem-estar

Rótulos: saber, para melhor escolher.

Neste mesmo espaço, na semana passada, falávamos sobre a importância de lermos os rótulos dos alimentos que consumimos. Mas será que sabemos, na realidade, interpretar o que lá está escrito?

Os rótulos das embalagens podem mudar em formato, cor ou até em tamanho mas todos eles contêm a informação base de que necessitamos para podermos tomar decisões mais acertadas.

É necessário ter em atenção, no entanto, que alguns rótulos apresentam apenas os valores totais da embalagem do produto e outros apresentam também os valores por dose de produto – uma forma mais simples de sabermos mais concretamente o que estamos a ingerir.

Existem elementos que devem constar obrigatoriamente, quando aplicáveis, num rótulo alimentar. São eles a denominação do género alimentício, a lista de ingredientes, os ingredientes ou auxiliares tecnológicos ou derivados de uma substância ou produto que provoquem alergias ou intolerâncias, a quantidade de determinados ingredientes ou categorias de ingredientes, a quantidade líquida do género alimentício, a data de durabilidade mínima ou a data limite de consumo, as condições especiais de conservação e/ou as condições de utilização, o nome ou a firma e o endereço do operador da empresa do setor alimentar, o país de origem ou o local de proveniência, o modo de emprego, o título alcoométrico e a declaração nutricional – e é nesta última que nos vamos focar.

A declaração nutricional obrigatória em todos os rótulos engloba:

Energia/Valor energético: as calorias que o produto contém;

Lípidos: referem-se à quantidade de gordura presente e dividem-se em dois tipos: saturados (manteiga, banha e carnes gordas, por exemplo) e insaturados (sementes, abacate e azeite, por exemplo). No contexto de uma dieta equilibrada devemos consumir cerca de 25 a 30% de insaturados e não mais do que 10% de saturados;

Dos quais ácidos gordos saturados: indicador da quantidade de gordura saturada presente no alimento;

Hidratos de carbono: é a este nutriente que o nosso corpo recorre para que tenhamos energia. Dividem-se em hidratos de carbono simples (o açúcar, por exemplo) – que são rapidamente absorvidos pelo nosso organismo e que, por isso, não nos transmitem uma sensação de saciedade, e em hidratos de carbono complexos (como são exemplo os legumes e os cereais), estes sim uma opção saudável.

Dos quais açúcares: aqui encontramos a quantidade de hidratos de carbono simples presentes no produto;

Proteínas: o nome diz tudo. Produtos com elevadas quantidades de proteína são procurados sobretudo por pessoas que se encontram em regime de hipertrofia (ganho de massa muscular). Para além disso, a proteína é também capaz de produzir anticorpos e construir novos tecidos. A quantidade de consumo diário varia de acordo com as características e com o organismo de cada um de nós – no entanto, por norma aconselha-se a ingestão de 0,8 a 1,2 gramas por quilo que a pessoa pesa. Por exemplo, alguém com 60 kg deverá consumir entre 48 a 72 gramas de proteínas por dia.

Sal/Sódio: aqui a regra é simples – procurem sempre alimentos que contenham a menor quantidade de sal possível, recorrendo, se possível, a alimentos naturais e/ou que não contenham sal adicionado. A Organização Mundial de Saúde aconselha que o consumo de sal diário não ultrapasse os 5gr – o consumo excessivo de sal está diretamente relacionado com problemas de saúde, como é exemplo a hipertensão.

Fibra: as fibras têm inúmeros benefícios para  nossa saúde – são capazes de melhorar a nossa função intestinal e também aumentam a sensação de saciedade. São, portanto, boas aliadas de quem quer perder peso. Mas há mais: ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares, de diversos tipos de cancro, da diabetes e obesidade e são capazes de reduzir os níveis de colesterol e de controlar o índice glicémico! Dependendo sempre da idade e peso de cada pessoa, a dose diária recomendada para um adulto é de 20/35 gramas.

Garanto que se começarem a prestar mais atenção aos rótulos dos alimentos vão ter muitas surpresas… e muitas delas não serão agradáveis!

Inês Barbosa

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