Relógios e anéis inteligentes que cuidam da saúde
Lembram-se do tempo em que os relógios apenas eram isso mesmo, relógios? Apenas aparelhos que nos ajudavam (e ainda ajudam…) a saber a quantas andamos? Pois, ainda existem e para muita gente são verdadeiras peças de coleção, não apenas pelo valor sentimental que possam ter, mas também pelo seu valor material (quer seja por serem considerados uma antiguidade ou pelos materiais usados na sua conceção e fabrico). A verdade é que se antes os relógios cumpriam apenas a função de medir o tempo, agora eles podem dar-nos dados valiosos sobre a nossa saúde. Os chamados “relógios inteligentes” ou smartwatches, são hoje acessórios que ganharam funções que os transformaram em verdadeiros aliados de um estilo de vida mais saudável.
Com estes gadgets cada vez mais populares, os fabricantes de tecnologia realmente investiram na criação de modelos cada vez mais sofisticados e capazes de atender todos os gostos e bolsos. Os novos smartwatches que chegam ao mercado nos dias de hoje tornaram-se, sobretudo, conselheiros de saúde em consonância com o interesse crescente da população por qualidade de vida. Efetivamente, dados da Statista Research Department, divulgados em setembro, revelam que o número de usuários de “relógios inteligentes” vem crescendo continuamente nos últimos anos. Entre 2024 e 2029, previa-se um número de 126,8 milhões de novos adeptos, um aumento equivalente a quase 32%. Até 2030, cerca de 524,94 milhões de pessoas ao redor do mundo devem ter nos seus pulsos este tipo de dispositivos.
De olho em oportunidades para alargar a sua posição no mercado tecnológico, a chinesa Huawei apresentou o lançamento de quatro produtos em setembro deste ano, que ganharam um novo sistema chamado TruSense, cujo objetivo é analisar mais de 60 indicadores, como sono, temperatura da pele, saturação de oxigénio no sangue, frequência cardíaca via ecocardiograma e até stress.
A menina dos olhos das novidades, entretanto, é o sistema Emotional Wellbeing Assistant, que analisa dados fisiológicos, como a variabilidade da frequência cardíaca, para interpretar o estado emocional do usuário. Uma vez ativado, o relógio exibe ao longo do dia uma escala que varia entre “agradável”, “neutro” e “desagradável” representado pela figura de um panda. Quando o nível de stress está elevado, o acessório ainda sugere e guia exercícios meditativos de respiração.
Um estudo publicado na revista Frontiers in Digital Health, atestou que o acompanhamento remoto de pacientes que utilizam um gadget inteligente com sensor de emoções, aliado a intervenções e orientações médicas, pode fornecer um suporte à saúde mental e melhorar a ansiedade e depressão.
ENTRE OS DEDOS
Como alternativa mais discreta aos smartwatches, chegam também anéis inteligentes. O responsável por difundir a categoria foi o Oura Ring, da marca finlandesa Oura, fundada em 2013, que já vendeu mais de 2,5 milhões de unidades no Hemisfério Norte. Feito de titânio, um dos materiais mais resistentes do mundo, o anel destacou-se por oferecer mais de 20 indicadores de saúde que vão desde sono e stress até ao monitoramento do ciclo menstrual. Com design mais robusto que um acessório comum, o gadget usa sensores com luzes infravermelha e verde para monitorar os dados corporais, 24 horas por dia.
Entretanto, a Samsung anunciou o lançamento do Galaxy Ring, que alia os dados às tecnologias de inteligência artificial para compreender mais profundamente o corpo e a mente, além de insights personalizados com sugestões de ajustes na rotina para uma vida mais saudável.
MS
Redes Sociais - Comentários