Saúde & Bem-estar

O mundo mudou e você também

É chegada a hora de descortinar o futuro e vislumbrar um novo amanhã. E, ao mesmo tempo, resgatar nossas vontades e sonhos, pequenas centelhas que foram sendo apagadas pela pressa em conquistar cada vez mais coisas e status ao longo do tempo. É chegada a hora de deixar para trás tudo aquilo que, ilusoriamente, nos preenchia e que, com o passar do tempo, resultou apenas num imenso vazio na alma.

 

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O mundo mudou. E não é só o fato de agora usarmos máscaras ou de muitas empresas perceberem que trabalhar de casa é mais eficiente e produtivo. Estamos vivenciando mudanças profundas em diversos aspectos da vida. (Foto: DR)

 

A era que estamos vivendo, essa pandemia maluca que afetou o mundo inteiro, nos mostrou a nossa fragilidade e quão delicada e preciosa é a vida para se perder tempo com coisas que não nos acrescentam em nada. A impressão que se tem é que estávamos no modo automático, acreditando que a vida fosse eterna. Vivíamos num ritmo frenético, sempre pensando e planejando o amanhã com a certeza de que ele existiria. E a pandemia nos obrigou a parar, nos forçando a permanecer em casa e conviver conosco mesmos.

Nas redes sociais é comum ver pessoas literalmente surtando com o fato de ficarem enclausuradas e perderem a convivência do trabalho e dos amigos. Muitas se distraem (ou se consolam) consumindo uma quantidade maior de bebidas alcoólicas. Reportagens mostram as lixeiras abarrotadas de garrafas de vinho e latinhas de cerveja. São algumas das reações frente a essa situação inusitada para nós.

Mesmo com a flexibilização da quarentena, ainda estamos assustados e frustrados diante do desmoronamento de muitos dos nossos planos. Estamos com medo de não haver mais o amanhã. O mundo mudou. E não é só o fato de agora usarmos máscaras ou de muitas empresas perceberem que trabalhar de casa é mais eficiente e produtivo. Estamos vivenciando mudanças profundas em diversos aspectos da vida e é inegável que, agora, temos novas maneira de olhar para ela. E, com isso, a chance de refazer nossas expectativas.

É hora de reajustar o nosso ritmo, desacelerar, buscar nossa essência, descobrir o que realmente importa nessa jornada. O momento pede para usarmos mais o “eu te amo”, “eu te perdoo” e o “ me desculpe”. E, mais importante que dizer isso aos que estão à nossa volta, é direcionar essa energia afetiva para nós mesmos, como uma das condições do resgate dos nossos sonhos e desejos esquecidos. Somos seres criativos e realizadores. Uma ideia, um trabalho, um negócio, não necessitam serem inéditos para serem implementados. A maneira de conduzi-los sempre será única e é isso que os valoriza. Usemos essa experiência de perdas coletivas para nos motivar a ajudar aqueles que não têm os mesmos privilégios que nós e apenas lutam pela sobrevivência sem tempo para essas reflexões. O ato de ajudar o outro nos permite sair da nossa “bolha” e enxergar de perto as mazelas que muitos sempre enfrentaram não apenas nesse momento.

É chegada a hora de questionar: o que estamos fazendo aqui? Para onde vamos? Qual o significado de tudo isso? E de reavaliar o que realmente importa para vivermos no curto espaço de tempo da nossa existência. Parece que a quarentena ampliou o tempo. É hora de agarrar essa oportunidade que o tempo nos oferece e reinventar nossas ações, inclusive a nós mesmos, todos os dias. Hora de nos inteirarmos da realidade nua e crua que a pandemia evidenciou e vivermos um novo presente.

Adriana Marques/MS

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