Hábitos (muito) pouco higiénicos
Mesmo sem saber podemos estar a comprometer a nossa saúde – são, muitas vezes, atitudes inocentes ou hábitos que praticamos quase que automaticamente, sem sequer pensar acerca do que estamos a fazer, que podem afetar negativamente o nosso bem-estar. Muito provavelmente já fizeram algum deles… Mas calma, depois de ler este artigo já saberão como agir corretamente. Vamos então a alguns exemplos!
Utilizar o secador de mãos
É comum encontrarmos este aparelho em centros comerciais ou até em casas de banho de cafés ou pastelarias, por exemplo. A utilização destes secadores oferece uma falsa sensação de segurança: é que o facto de não lhe tocarmos – já que na maioria dos casos são automáticos -, não significa que estamos livres das bactérias. Na realidade, elas acumulam-se nos secadores e acabam por se espalhar com o fluxo de ar, chegando não só às nossas mãos como também à nossa roupa. É, portanto, preferível secar as mãos com toalhas de papel!
Reutilizar sacos de compras
Segundo alguns estudos, a reutilização de um saco de compras resulta numa enorme acumulação de germes – ainda mais se, por exemplo, nele transportarmos carne ou peixe cru, ainda que bem embalados, já que há uma grande probabilidade de os micróbios atingirem outros alimentos, em particular as frutas e as hortaliças. Assim, caso o local onde habitualmente fazem as vossas compras não disponibilize sacos descartáveis, o melhor é lavar o saco depois de o usarem. Todo o cuidado é pouco!
Utilizar a mesma tábua para cortar carne e vegetais
Já há muito tempo se diz que as tábuas de madeira são verdadeiros habitats de “bichinhos” – Charles Gerba, microbiologista, afirmou que as mesmas possuem 200 vezes mais bactérias que uma sanita, por exemplo! Ugh! Sabendo ainda que ao cortarmos carne crua nestas tábuas nelas se “instalam” salmonella e o campylobacter, duas das causas mais comuns de intoxicação alimentar, o melhor mesmo é optar por tábuas de vidro ou, melhor ainda, ter uma tábua para carnes e outra para vegetais!
Lavar as mãos com água quente
A pandemia que vivemos tornou-nos em verdadeiros experts em higienização das mãos… ou talvez não! É que muita gente acha que se a temperatura da água for mais elevada o “bicho morre” com mais facilidade – algo que não é verdade e, por outro lado, pode até, a longo prazo, diminuir as funções protetoras da pele, provocar irritações e dermatite. O que é então realmente importante é o tempo que demoramos a lavar as mãos, que deverá ser, idealmente, cerca de 30 segundos e, é claro, com sabão.
Descongelar alimentos à temperatura ambiente
Mais uma vez, ao deixarmos peixe ou carne a descongelar num recipiente sobre a banca da cozinha ou sobre a mesa estamos, na realidade, a construir o cenário ideal para as bactérias se acumularem. O ideal é colocarmos esse recipiente dentro do frigorífico e deixar que o alimento descongele lá dentro!
Usar uma esponja no banho
Esta situação é desaconselhada por dois motivos: o primeiro é que, apesar de se dizer (e bem) que as esponjas têm uma ação esfoliante, ajudando a retirar peles mortas, o que acontece é que depois elas vão acabar por se acumular… nas próprias esponjas! Pior que isso: se as deixarmos num ambiente quente e húmido, como o da casa de banho, as bactérias, os fungos e os bolores irão desenvolver-se rapidamente. Para além disto, se por acaso tivermos algum nódulo ou alteração na textura da pele, mais dificilmente nos vamos aperceber, pois as nossas mãos acabam por não estar em contacto com o corpo.
Inês Barbosa/MS
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