Desculpe, como disse?
O corpo humano é fascinante – ponto final. Mas da mesma forma que nos consegue fascinar com a sua complexidade e beleza, também nos consegue deixar bastante confusos com algumas das suas características – entre elas, o nome científico de algumas das suas partes ou de certos órgãos. São tantos e por vezes tão complexos que, compreensivelmente, não os conhecemos nem nos ensinam todos eles durante o nosso percurso escolar.
Por exemplo: se vos perguntasse se costumam ter comichão na columela, se se magoaram no hálux ou se vos arde o tubérculo de Darwin, o que me responderiam? Provavelmente perguntavam-me se estava tudo bem comigo, certo? Mas, por muito estranho que pareça, estas são realmente partes do nosso corpo a que, no dia a dia, até podemos nem prestar muita atenção ou nem sequer pensar na sua real denominação. Se têm curiosidade em descobrir alguns deles, continuem a ler: vão com certeza surpreender-se!
Hálux
“Estou com um desconforto no dedo grande do pé” – de certeza que já disseram ou já ouviram esta frase certo? Pois então vamos lá chamar os bois – ou os dedos, neste caso, pelos nomes! O “dedo grande do pé” tem nome e não é dedão nem “o batatudo”: é hálux! Até é bastante giro, não acham? Em relação aos restantes dedos, já sabemos que existe o mindinho (e esse é o nome correto)… mas os outros três parece que caíram no esquecimento, e não têm uma designação oficial.
Glabela
Na próxima ida à esteticista já sabem que a podem impressionar e dizer, por exemplo, que querem fazer uma manicure francesa a acompanhar a “borda livre”… Mas apontem também esta: digam que precisam de tirar uns pelos que vos cresceram na glabela! Se ela franzir o sobrolho digam-lhe que estão a falar da zona que está entre as sobrancelhas… ninguém merece andar por aí com uma “monocelha”!
Tubérculo de Darwin
O tubérculo de Darwin, ou tubérculo auricular, é algo bastante especial já que nos dias de hoje apenas 10% dos humanos ainda o têm – é nada mais nada menos do que uma saliência localizada na parte de cima da orelha, sendo considerada um vestígio evolutivo (daí a denominação “Darwin”, em referência à Teoria da Evolução).
Lúnula
E se vos pedisse para me mostrarem a vossa lúnula? Calma, não é nenhum pedido fora do comum: é apenas a meia-lua esbranquiçada que encontramos na base das nossas unhas. Por norma, é mais visível nos polegares. A outra meia-lua, localizada no topo da unha, chama-se borda livre!
Filtro
E não nos ficamos por aqui: aproveitem o embalo e peçam também para ela ver se precisam de um cuidado extra no filtro! E não, não é no filtro do Instagram: é que este é o nome dado à depressão localizada entre o nariz e o lábio superior. Para que percebam melhor, é a zona onde Charles Chaplin tinha o seu bigodinho!
Carúncula lacrimal
Este nome vem do latim caruncula, que significa “pedaço de carne” e refere-se a nada mais nada menos do que à bolinha que vemos no canto interno dos nossos olhos, que serve para levar as lágrimas ao saco lacrimal.
Inês Barbosa/MS
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